Um vídeo de divulgação institucional da Presidência distribuído para redes bolsonaristas estimula a volta da população ao trabalho, contrariando orientações de isolamento social feitas por especialistas médicos. Segundo o jornal Folha de São Paulo, na peça, categorias como a dos autônomos e profissionais da saúde são mostradas como desejosas de voltar ao regime normal de trabalho. A publicidade diz a cada trecho que “O Brasil não pode parar”, inclusive para “brasileiros contaminados pelo coronavírus”. Nesta quinta (26), o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, deu o chute inicial desta etapa da campanha #BrasilNaoPodeParar, em postagem no Facebook. O próprio Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo de uma carreata realizada em Camburiú (SC) contrária ao isolamento social.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que as agências bancárias funcionarão em horário restrito até o fim da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O público geral será atendido de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h. Idosos terão horário diferenciado: das 9h às 10h. Além disso, as agências estão funcionando com limite de pessoas e apenas com transações essenciais. As mudanças serão efetivadas a partir desta quarta-feira, 25. Segundo a Febraban, os novos horários foram definidos após orientação do Banco Central. Cada banco será responsável por informar seus clientes dos novos horários de atendimento. O atendimento de caixas 24h continua normalmente. “Para proteger os clientes, foi intensificada a higienização desses terminais, seguindo a orientação de aperfeiçoar e intensificar os protocolos de higienização das instalações bancárias”, disse a Febraban em comunicado.
O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta terça-feira (24) seu mais recente balanço dos casos de coronavírus Sars-Cov-2, vírus responsável pela doença Covid-19. Os principais dados são: 46 mortes, eram 34 na segunda-feira; 2.201 casos confirmados; São Paulo tem 810 casos e 40 mortes; Rio de Janeiro tem 305 casos e 6 mortes. O número de mortos por causa do novo coronavírus subiu 35% em relação ao balanço do dia anterior. Já o total de casos subiu 16%. Segundo o Ministério da Saúde, a atual taxa de letalidade da doença no país é de 2,1%, com base nos dados registrados. As secretarias estaduais de Saúde reportam 2.249 casos de infecção no país.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) pediu, em pronunciamento em rede nacional de televisão e rádio exibido na noite desta terça-feira (24), a reabertura do comércio e das escolas e o fim do “confinamento em massa”. As medidas têm sido utilizadas no combate ao novo coronavírus, que já deixou 46 mortos no país. Este foi o terceiro pronunciamento sobre o tema realizado em um período de menos de 20 dias. “Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas?”, questionou Bolsonaro. O presidente afirmou que o coronavírus “brevemente passará” e afirmou que a vida “tem que continuar”. “O vírus chegou. Está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade”.
Golpes que circulam no WhatsApp há pelo menos dez dias se aproveitam do novo coronavírus e já atingiram 2 milhões de usuários no Brasil. Os boatos utilizam nomes de grandes marcas e prometem informações sobre a pandemia da Covid-19, distribuição de álcool em gel, serviços de assinatura grátis ou “auxílio cidadão coronavírus”. De acordo com o Tech Tudo, os dados são do dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe. A empresa detectou 19 golpes e seis aplicativos maliciosos que utilizam a pandemia e o período de quarentena como iscas para atrair pessoas. As correntes possuem características semelhantes: prometem um suposto benefício e direcionam o usuário a acessar o link malicioso. No caso dos ataques recentes, alguns textos mencionam testes para saber se o usuário está com o coronavírus. A corrente passou a ser compartilhada em grupo de WhatsApp neste domingo (22) e foi desmentida no mesmo dia pela Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. O golpe se aproveita de medidas anunciadas nos últimos dias pelo governo, mas que ainda não foram aprovadas e, portanto, não estão em vigor. Outras mensagens que circulam nas redes sociais contém fake news sobre a situação da pandemia do novo coronavírus. Segundo pesquisa do dfndr lab, cerca de 42,5 milhões de brasileiros já receberam ou acessaram notícias falsas sobre a Covid-19. Para 43,2% dos entrevistados, o WhatsApp é o principal vetor para os boatos.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) anunciou nesta segunda-feira (23) um pacote de R$ 88 bilhões para reforçar o caixa de estados e municípios durante a crise do coronavírus. De acordo com o jornal o Globo, entre as medidas, está a suspensão das dívidas dos estados com a União, que custará à União R$ 12,6 bilhões. As ações devem ser tratadas em duas medidas provisórias (MP), ainda não publicadas. A promessa foi feita por Bolsonaro pelas redes sociais, durante reunião com governadores que ocorre nesta segunda, e depois detalhada em entrevista coletiva. “Isso trará, em seis meses, um perfil de melhor posicionamento fiscal e orçamentários dos estados e municípios e permitirá uma retomada mais gradual desse pagamento, em condições de melhores prazos e custos”, afirmou o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, sobre a suspensão de dívidas.
O total de casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) subiu para 1.891 nesta segunda-feira (23), segundo balanço do Ministério da Saúde. O número de mortes também aumentou para 34 mortes. O novo número de casos representa um aumento de 22% em relação aos 1.546 casos anunciados até domingo (22). No caso das mortes, o crescimento foi de 36%. Entre os pacientes que morreram em consequência da doença Covid-19, 30 estavam no estado de São Paulo e quatro no Rio de Janeiro.
Não bastassem a dificuldade para se encontrar e o aumento enorme nos preços, 5 mil máscaras cirúrgicas foram furtadas do Hospital Público Regional de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o G1, mesmo álcool e sabão estão sendo levados com frequência, mas a prefeitura da cidade alegou que o fornecimento desses dois itens está normal. O furto aconteceu na terça-feira (17). A direção do hospital, mesmo com o furto, disse que “as máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) disponíveis no almoxarifado são suficientes para que os servidores atendam, com segurança, às demandas relativas ao coronavírus que chegarem à unidade”. A Prefeitura de Betim informou que o crime está sendo investigado, que forneceu as imagens de câmeras de segurança do hospital para a investigação e que “estão sendo tomadas as devidas medidas junto aos órgãos de segurança do município”, inclusive com relação ao sumiço de álcool e sabão das dependências do Hospital Regional. E fez um apelo: “que todos mantenhamos a calma e o bom senso, para que, juntos, possamos continuar somando esforços e sejamos vitoriosos frente a essa pandemia”.
Um acidente entre um caminhão e um ônibus deixou 11 mortos e 17 feridos, na BR 365, em Pirapora, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O fato ocorreu no domingo (22). Os 11 mortos, que morreram no local do acidente, estavam entre os 27 passageiros do ônibus, todos homens, que seguia de Salvador, na Bahia sentido Porecatu, no Paraná, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Já o caminhão seguia do município de São Gotardo, em Minas Gerais, sentido Sergipe. Os corpos foram encaminhados para o IML de Pirapora. De acordo com o G1, todos os 17 feridos, incluindo o motorista do caminhão, foram encaminhados para a Fundação Hospitalar Dr. Moisés Magalhães Freire, em Pirapora. Em nota, a PRF informou que, segundo levantamento preliminar, o ônibus invadiu parte da pista no sentido contrário e colidiu contra o caminhão, que transportava repolhos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o disco diagrama do tacógrafo do ônibus estava vencido, não sendo possível verificar há quanto tempo o motorista estava na direção do veículo.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) editou uma medida provisória, publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de domingo (22), que permite que contratos de trabalho e salários sejam suspensos por até quatro meses durante o período de calamidade pública. A medida é parte do conjunto de ações do governo federal para combater os efeitos econômicos da pandemia novo coronavírus. Como se trata de uma medida provisória, o texto passa a valer imediatamente, mas ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional no prazo de até 120 dias para não perder a validade. O governo federal defende a proposta como forma de evitar demissões em massa. Segundo a MP, a suspensão de contratos deve ser feita para a participação do trabalhador em curso ou programa de qualificação profissional não presencial oferecido pelo empregador ou alguma entidade. A medida provisória também estabelece que: o empregador não precisará pagar salário no período de suspensão contratual, mas "poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal" com valor negociado entre as partes; a suspensão dos contratos não dependerá de acordo ou convenção coletiva; acordos individuais entre patrões e empregados estarão acima das leis trabalhistas ao longo do período de validade da MP para "garantir a permanência do vínculo empregatício", desde que não seja descumprida a Constituição; benefícios como plano de saúde deverão ser mantidos. Além da suspensão do contrato de trabalho e do salário, a MP estabelece, como formas de combater os efeitos do novo coronavírus: teletrabalho (trabalho à distância, como home office); antecipação de férias individuais; concessão de férias coletivas; aproveitamento e antecipação de feriados; banco de horas; suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho; direcionamento do trabalhador para qualificação; adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A medida provisória prevê que férias possam ser antecipadas no período de até 48 horas, desde que o trabalhador seja avisado. Para trabalhadores da área de saúde e serviços considerados essenciais, as férias podem ser suspensas.
Em teleconferência com prefeitos neste domingo (22), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou o adiamento das eleições municipais 2020. Mandetta disse que esse é o momento de o Congresso Nacional tratar o assunto, para que o combate à crise do coronavírus não seja contaminado pela ação política. De acordo com o jornal o Globo, o ministro fez a sugestão ao responder ao questionamento do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB). Coutinho pediu a liberação de recursos que, segundo ele, estariam sendo represados pelo estado do Pará, governado por Helder Barbalho (MDB). “Estou alertando que todos vocês precisam, com todas as diferenças políticas, (se entender). Aliás, eu faço aqui até uma sugestão para vocês discutirem. Está na hora de o Congresso olhar e falar: “olha, adia (as eleições)”. Faça um mandato tampão desses vereadores e prefeitos. Eleição no meio do ano vai ser uma tragédia. Vai todo mundo querer fazer ação política. Eu sou político. Não esqueçam disso”, disse Mandetta.
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até 19h40 deste sábado (21), 1.178 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. São 18 mortes no Brasil, três no Rio de Janeiro e 15 em São Paulo. Roraima registrou os dois primeiros casos na noite deste sábado, último estado a ter casos confirmados no país. No Distrito Federal, o número de casos de infectados foi de 87 para 108. Em Santa Catarina, o número saltou de 40 para 51. O Mato Grosso confirmou seu 2º caso, assim como o Tocantins. No Rio Grande do Sul, mais cinco casos foram confirmados neste sábado. No Paraná, o número subiu para 43 casos.
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até 22h30 desta sexta-feira (20), 977 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 23 estados e no Distrito Federal. São 11 mortes no Brasil, duas no Rio de Janeiro e chegou a nove em São Paulo. O Ministério da Saúde atualizou os números na tarde de sexta-feira, informando que o Brasil tem um total de 904 casos confirmados de coronavírus e 11 mortes. Os estados do Amapá, de Rondônia e do Mato Grosso identificaram seus primeiros casos. O Pará já registrou dois homens infectados, na faixa etária dos 35 anos, e o Acre alcançou sete casos. Somente o Maranhão, Rondônia e Roraima ainda não confirmaram casos. O Amazonas registrou um total de sete casos e a Bahia já está com 33 infectados confirmados. Houve um salto de casos confirmados no Ceará, de 24 para 55 nesta sexta-feira. São Paulo teve uma escalada de casos, de 286 para 345, e, no Rio de Janeiro, o número de infectados está em 109.
O Senado Federal aprovou nesta sexta-feira (20), por unanimidade, o projeto de decreto que reconhece o estado de calamidade pública no país por causa da pandemia do novo coronavírus. O decreto legislativo não precisa ser sancionado pelo presidente da República. Por isso, como já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados, a matéria entrará em vigor quando for publicada no Diário Oficial da União. Essa foi a primeira votação remota da história do Senado. Os senadores evitaram se reunir no plenário para evitar um possível contágio da doença que vem se espalhando pelo país. Com o reconhecimento da calamidade pública, o governo vai poder aumentar o gasto público e descumpra a meta fiscal prevista para o ano.
Um vídeo que circula a web mostra uma senhora chamando a atenção de um homem por ter comprado inúmeras caixas de álcool em gel em um mercado. As imagens mostram a quantidade absurda do produto nas caixas e dentro de quatro carrinhos. “Você não pode fazer isso, eu vou chamar a polícia”, gritou a senhora. É possível perceber que alguns consumidores ficaram sem ação no momento e outros entraram na discussão. Em seguida, ela aparece retirando parte do produto de dentro do carrinho do homem. De acordo com a revista Marie Claire, as imagens viralizaram nas redes sociais e receberam algumas críticas. “Fazendo isso, estão incentivando a alta dos preços, comprando tudo sem necessidade. Daqui 2 semanas irá começar o verdadeiro caos devido a isso. Por favor, só comprem o necessário, não estoquem comida pordutos de limpeza e outas coisas. Tudo está muito limitado e vai começar a faltar”, escreveu uma internauta. “O que esse homem ia fazer com esse tanto de álcool gel?”, questionou outro. “O fim do mundo vai acontecer por causa do álcool em gel”, publicou uma seguidora.
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) protocolou pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 19. Ex-bolsonarista fervoroso, Frota elencou seis crimes na denúncia contra o presidente. São eles: crime de responsabilidade por convocar manifestação; crime contra a segurança nacional, por incitação e chamamento à manifestação contra a Constituição; crime contra a administração pública, por exclusão do jornal Folha de S.Paulo de um evento público; crime por descumprimento do decoro do cargo; crime contra a administração pública, por atacar as jornalistas Patrícia Campos e Vera Magalhães; e crime contra a saúde pública, pelo episódio em que confraternizou com manifestantes na porta do Palácio Alvorada, no último dia 15, quando seus apoiadores protestavam contra o Congresso e o Judiciário. Na denúncia, de 38 páginas, Frota afirma que Bolsonaro “foi notoriamente apoiado por movimentos de extrema direita que, após sua eleição, passaram a imputar os insucessos do Governo às supostas dificuldades provocados pelos demais Poderes, Legislativo e Judiciário. Esses movimentos de extrema direita vêm ameaçando as instituições democráticas brasileiras, com apologia ao fechamento do Congresso Nacional e do STF”. Segundo Frota, a conduta agressiva dos movimentos de extrema direita à democracia brasileira vem sendo estimulada por Bolsonaro, “que diuturnamente agride a imprensa, cuja liberdade constitui uma das garantias do Estado Democrático de Direito”.
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até 22h10 desta quinta-feira (18), 647 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 21 estados e no Distrito Federal. O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta quinta, contabiliza 621 infectados. O Piauí identificou os três primeiros casos da doença no estado. Duas mortes foram confirmadas no Rio de Janeiro nesta quinta-feira pela secretaria de Saúde. Em São Paulo, foram registradas cinco mortes até o momento pelo governo estadual, o que eleva ao total de óbitos no Brasil para sete. O Ministério da Saúde registrou quatro mortes em SP e duas no RJ. Também nesta quinta, a secretaria de Saúde de Alagoas atualizou o número de 1 para 4 casos. O Rio Grande do Sul registrou mais casos confirmados e agora registra 37 infectados. A secretaria de saúde do Paraná informou que o estado registra 23 casos. Em São Paulo, o número de casos confirmados do novo coronavírus aumentou de 240 para 286.
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou nesta quinta-feira (19) a segunda morte por coronavírus no estado. O paciente é um homem de 69 anos, morador de Niterói, diabético e hipertenso, que morreu na terça (17). A contraprova do exame deu positivo e foi divulgada no início da tarde. De acordo com o G1, a outra morte por coronavírus foi confirmada pela manhã, quando saiu o resultado da contraprova de uma mulher de Miguel Pereira, de 63 anos. Ela também morreu na terça e tinha os mesmos problemas de saúde: diabetes e hipertensão. O idoso que morreu em Niterói apresentou os primeiros sintomas, como febre, tosse e mialgia na quarta (11). Ele teve contato com caso confirmado que viajou para o exterior. O material para análise deu entrada no Lacen (Laboratório Central Noel Nutels) nessa quarta e foi confirmado no início da tarde.
O Estado do Rio de Janeiro teve a primeira morte oficial confirmada pelo novo coronavírus. As informações são do jornal O Globo. A Secretaria de Saúde e a prefeitura de Miguel Pereira, no Sul Fluminense, informaram, na manhã desta quinta-feira, que a vítima é uma mulher de 63 anos. A idosa apresentava comorbidades e fazia parte do grupo de risco para a Covid–19. Mais cedo, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, afirmou que a morte de um idoso de 69 anos na cidade foi por coronavírus. Esse óbito ainda não entrou na estatística oficial do estado, pois ainda se aguarda o resultado da contraprova para confirmação. A vítima de Miguel Pereira era diabética e hipertensa e apresentou sintomas no dia 15, domingo. A mulher deu entrada em uma unidade de saúde do município no dia seguinte, apresentou piora no quadro e veio a óbito na última terça, mesmo dia em que o material chegou para a análise do Lacen. Ela teve contato com paciente confirmado que viajou ao exterior.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18) o projeto do governo que decreta estado de calamidade pública no Brasil em razão da pandemia do novo coronavírus. Com a aprovação, o texto segue para votação do Senado. A análise do tema, contudo, ainda não foi marcada, mas o mais provável é que seja remota, sem a presença dos senadores em plenário. Só depois de aprovado nas duas casas legislativas é que o decreto, com vigência até o fim do ano, estará em vigor. De acordo com o G1, o secretário-geral do Senado, Luiz Fernando Bandeira, disse que a Casa votará o projeto, em sessão virtual, na segunda (23) ou na terça-feira (24). De acordo com a Presidência da República, com o reconhecimento do estado de calamidade, a União ficará autorizada a elevar gastos públicos e não cumprir meta fiscal prevista para este ano. O orçamento deste ano, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, admite déficit fiscal de até R$ 124,1 bilhões nas contas públicas.
A Secretaria de Saúde do stado de São paulo confirmou a terceira morte por coronavírus nesta quarta-feira (18), elevando para quatro o total de mortes por complicações da Covid-19. São Paulo é o único estado brasileiro a registrar vítimas fatais até o momento. As três mortes são de homens, com problemas de saúde já instalados e idades de 65, 81 e 85 anos. Todos foram atendidos em hospital privado da capital, segundo o G1. O paciente de 81 anos é morador do município de Jundiaí e os demais da capital paulista. O primeiro óbito aconteceu ontem (17).
O estado de São Paulo registrou mais duas mortes pelo novo coronavírus, segundo informação do coordenador do centro de contingência contra a doença no estado, o médico David Uip, ao Jornal Hoje, da TV Globo. De acordo com o hospital em que as mortes foram registradas, as vítimas são uma pessoa de 65 anos com problemas de saúde anteriores e outra de 80 anos sem comorbidades. A Secretaria Estadual da Saúde afirma que até o momento não tem informações oficiais de novas mortes no estado. O primeiro caso no Brasil de morte de pessoa infectada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) foi confirmado nesta terça-feira (17) também em São Paulo.
O IBGE decidiu adiar o Censo Demográfico de 2020 para 2021, atribuindo a decisão ao avanço do coronavírus, que poderia pôr em risco recenseadores e domicílios pesquisados. As informações são do jornal Extra. Estava prevista a atuação de 180 mil recenseadores que iriam visitar 71 milhões de domicílios brasileiros. A primeira etapa de treinamento do censo estava prevista para o mês que vem. A verba do Censo 2020 será destinada ao Ministério da Saúde. “O IBGE estabeleceu compromisso com o Ministério da Saúde de realocar o orçamento do censo 2020 em prol de ações de enfrentamento do coronavírus. Em contrapartida, no próximo ano, o Ministério da Saúde realocará orçamento no mesmo montante com vistas a assegurar a realização do Censo”, disse o IBGE. O Censo tinha orçamento de 2,3 bilhões de reais. O processo seletivo para contratação de recenseadores e supervisores, que iria contratar cerca de 210 mil pessoas, foi suspenso.
A alegação, sem provas, de uma possível fraude nas eleições 2018; a convocação às manifestações do último domingo (15);declarações 'indecorosas' contra jornalistas e a determinação de comemoração ao Golpe Militar de 1964 são algumas das justificativas apontadas pelo deputado do Distrito Federal, Leandro Grass (Rede), em um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido), protocolado na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (17). No pedido, Grass afirma Bolsonaro “nunca escondeu de ninguém o seu desapreço pelo trabalho, pela ética e pela coisa pública. Destratou parlamentares, mulheres e jornalistas e foi alvo de denúncias sobre funcionários fantasmas. Manifestou-se diversas vezes em favor da Ditadura Militar de 1964, inclusive tecendo loas a Carlos Alberto Brilhante Ustra, quando votava no processo de impedimento da Presidente Dilma Rousseff”. Diz ainda que “ao sentar na cadeira da Presidência, o denunciado parece se sentir invencível, inviolável, irresponsável. E assim o age desde então, ensejando na prática de uma série de crimes”. No texto de apresentação, Grass compara o momento atual ao contexto que baseou o impeachment de Dilma Rousseff. À época, escreve, “os denunciantes destacavam que o país vivia uma enorme crise moral, atualmente, essa crise só aumenta, sem que os governantes de ocasião tenham capacidade para enfrenta-la, sobretudo pela inabilidade e incapacidade do denunciado”. O pedido pontua ainda o posicionamento do presidente em relação à pandemia do coronavírus. “Por fim, e não menos sem importância, mesmo tendo estado com diversas pessoas que estão com o coronavírus, o Presidente, que deveria estar isolado, cumprindo a quarentena de quem esteve em contato com pacientes já diagnosticados, sai de sua residência, lançando mão de recursos públicos, porquanto usou carro oficial, sendo protegido por seguranças, para, de forma absolutamente negligente e criminosa, porque não, compareceu à manifestação convocada para achacar os Poderes Constituídos, sendo um potencial vetor de transmissão da doença”.
Em novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (17), o Brasil chegou a 291 casos confirmados do novo coronavírus. O Covid-19 está presente em 17 estados brasileiros. São Paulo segue como a unidade da federação com maior número de pessoas infectadas – são 162 ao todo, sendo 154 na capital e oito na região metropolitana. De acordo com a Agência do Rádio, a média de idade das pessoas infectadas é de 42 anos. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam ainda que os casos importados, ou seja, de pessoas que retornaram de viagem do exterior representam 57% do total de ocorrências. Apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro há registros de transmissão comunitária, quando não é mais possível saber a origem da infecção. Casos no Distrito Federal e em Sergipe ainda são investigados. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alerta que o surto do Covid-19 ainda deve se arrastar de 60 a 90 dias, e chama atenção para o cuidado com os idosos. “Nós estamos imaginando que vamos trabalhar com números ascendentes abril, maio, junho. Nós vamos passar ai 60 a 90 dias de muito estresse. Cuidem dos idosos. É hora de filho, filha, cuidar de pai, mãe, avó, tia-avó”.