O governador do estado de São Paulo João Doria anunciou nesta segunda-feira, 29, a aplicação de multa no valor de 500 reais para pessoas que estiverem em áreas públicas sem máscara. Estabelecimentos comerciais que forem flagrados com pessoas sem máscara também serão multados no valor de 5.000 reais por pessoa cada vez que isso acontecer. A medida vale a partir de quarta-feira, 1º de julho, para todo o estado e a fiscalização ficará a cargo das vigilâncias sanitárias estadual e municipal. O dinheiro recebido por essas penalidades será revertido ao programa Alimento Solidário. Ainda segundo Doria, o objetivo é alcançar uma taxa de 100% no uso de máscara no estado. Atualmente, o índice de uso de máscaras está em 97% na capital paulista e em 93% no estado. “Quero lembrar que o uso de máscara passará, desde essa pandemia, a ser algo cotidiano nas nossas vidas, como vestir um par de sapatos, uma camisa, uma indumentária. As pessoas terão que usar máscaras até que tenhamos a vacinação feita na totalidade da população brasileira”, disse o governador durante coletiva de imprensa. O uso de máscaras é obrigatório no estado de São Paulo desde o início de maio. O decreto já previa a aplicação de punições como multas que poderiam variar entre 276 reais e 276.000 reais e até mesmo detenção de um a quatro anos. No entanto, neste período, nenhum estabelecimento ou pessoa foi multado. Houve apenas orientação por parte dos fiscais.
Um dos efeitos econômicos mais graves na pandemia do novo coronavírus é a perda de mão de obra ocupada. Em maio, o número de brasileiros desempregados chegou a 12,7 milhões, uma taxa de desocupação de 12,9% no trimestre encerrado em maio contra 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, antes do início da pandemia no país. Os dados são da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira, 30. Segundo o instituto, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar chegou a 49,5% no trimestre encerrado em maio, o mais baixo nível da ocupação da série histórica, iniciado em 2012. “Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o nível da ocupação ficou abaixo de 50%. Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. Isso nunca havia ocorrido na PNAD Contínua”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. São 85,9 milhões de pessoas ocupadas. No trimestre encerrado em maio, 7,8 milhões de pessoas saíram da população ocupada, uma queda de 8,3%. O primeiro a sentir os efeitos de crises na ocupação foi o mercado informal. “É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”, destaca Beringuy. Com essas reduções, o contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) chegou a 98,6 milhões de pessoas, uma queda de 7,4 milhões (-7%) em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. “Uma parte importante da população fora da força é formada por pessoas que até gostariam de trabalhar, mas que não estão conseguindo se inserir no mercado, muito provavelmente em função do cenário econômico, das dificuldades em encontrar emprego, seja devido ao isolamento social, seja porque o consumo das famílias está baixo e as empresas também não estão contratando. Então esse mês de maio aprofunda tudo aquilo que a gente estava vendo em abril”, afirma a pesquisadora.
Uma operação da Polícia Federal no Amazonas cumpre na manhã desta terça-feira (30) 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária de investigados por fraude e superfaturamento nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. A PF investiga possíveis práticas de crimes como pertencimento a organização criminosa, corrupção, fraude a licitação e desvio de recursos públicos federais. No inquérito constam provas e indícios que revelam o desvio de recursos públicos federais que seriam destinados ao sistema hospitalar estadual, em razão da emergência por conta da doença. As compras foram feitas sob gestão do governador Wilson Lima (PSC). De acordo com a Polícia Federal, o governo teria desviado e fraudado as verbas federais na contratação de uma empresa para fornecimento de respiradores. A compra teria sido feita com uma empresa que vende vinhos. “Os ventiladores mecânicos hospitalares entregues ao Estado do Amazonas pela referida empresa não possuíam as especificidades técnicas necessárias para a adequada utilização no tratamento médico”, diz a PF em nota.
O Senado aprovou na noite desta quarta-feira, 24, o marco do saneamento legal no País. Apontado como instrumento crucial para a recuperação econômica depois da pandemia de Covid-19, o projeto passou com 65 votos favoráveis, 13 contrários e nenhuma abstenção. De autoria do governo, a articulação da lei foi puxada pelos líderes do Congresso e por setores da iniciativa privada. Como não houve alterações na espinha dorsal do texto aprovado na Câmara, o projeto seguirá para sanção presidencial. O governo fechou um acordo para aprovar a proposta sem mudanças se comprometendo a vetar itens específicos. Com uma série de novas regras para o setor, o novo marco legal do saneamento básico prevê a abertura de licitação para serviços de água e esgoto, autorizando a entrada da iniciativa privada nas concessões, facilita a privatização de estatais de saneamento e dá um prazo maior para os municípios acabarem com os lixões, entre outras medidas. A universalização dos serviços de saneamento exigida no projeto é a chave para a entrada da iniciativa privada no setor, diante da falta de recursos próprios do setor público. O governo estima investimentos de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões. Além disso, o novo marco legal deve gerar cerca de 1 milhão de empregos no País nos próximos cinco anos, o que colocou a proposta como primordial para a recuperação econômica e levou os senadores a votar o projeto em uma sessão remota no meio da pandemia do novo coronavírus. Uma das principais mudanças é o fim dos chamados contratos de programa, fechados entre municípios e empresas estaduais de saneamento sem licitação. Os contratos atuais poderão ser renovados por mais 30 anos, mas desde que uma negociação seja formalizada até março de 2022 e haja metas para universalização dos serviços de água e esgoto para a população. Com isso, a estimativa é que projetos de privatizações sejam colocados na mesa a partir do próximo ano. Se a proposta for sancionada, os serviços de saneamento serão operados com base em contratos de concessão. A iniciativa privada poderá participar das licitações. A mudança na lei também é um atrativo para a privatização das empresas estatais do segmento. A medida enfrenta resistência de governadores, que exigiram uma sobrevida aos contratos atuais para apoiar o projeto.
A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (24) a votação do projeto de lei que modifica o Código de Trânsito Brasileiro. Entre as alterações está o aumento da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dez anos e vinculação da suspensão do direito de dirigir por pontos à gravidade da infração. De acordo com a Agência Brasil, a matéria segue para o Senado. De origem do Poder Executivo, o projeto foi entregue à Câmara pelo presidente Jair Bolsonaro em junho do ano passado. Na votação desta tarde, parlamentares aprovaram um dos 13 destaques que pretendiam alterar o texto. Foi retirado o trecho que previa o prazo de cinco anos para os condutores que exercem atividade remunerada em veículo, como motoristas de ônibus ou caminhão, taxistas ou condutores por aplicativo serem submetidos a exames médicos e avaliações psicológicas. O texto foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Juscelino Filho (DEM-MA), que estabelece a validade de dez anos da CNH para condutores com até 50 anos de idade. Atualmente, o prazo é de cinco anos, independentemente da idade do motorista. A validade da habilitação continuará de cinco anos para aqueles com idade igual ou superior a 50 anos. A renovação a cada três anos, atualmente exigida para aqueles com 65 anos ou mais, passa a valer apenas para os motoristas acima de 70 anos.
Nesta quarta-feira, 24, o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou como ocorrerá a retomada gradual das atividades escolares diante da pandemia do novo coronavírus. O retorno atinge estudantes da educação básica, infantil, superior e profissionalizante e está previsto para ser iniciado em 8 de setembro. O plano tem protocolos de distanciamento, higiene, entre outras medidas para conter o contágio da Covid-19. O uso de máscaras por profissionais e estudantes, por exemplo, é obrigatório. A primeira etapa da retomada determina a ocupação da capacidade física das instituições de ensino em no máximo 35%, guardando a distância de 1,5 metro entre os estudantes, quando possível. A medida terá impacto na vida de 13,3 milhões de alunos das redes pública e privada em todo o estado. De acordo com o secretário da Educação, Rossieli Soares, o atraso de aprendizagem causado pela pandemia levarão de 2 a 3 anos para ser sanado pelos sistemas educacionais. Dentro do Plano São Paulo, o retorno da fase 1 (com os 35% dos estudantes) ocorrerá quando todas as regiões estiverem dentro da fase amarela por 28 dias, o que deve ocorrer até o início de setembro, conforme previsão da pasta. Para chegar à etapa 2 (com 70% da ocupação das escolas), é preciso que 60% dos Departamentos Regionais de Saúde estejam por, pelo menos 1 ciclo — que tem a duração de 14 dias -, na fase verde de reabertura. O pleno de funcionamento, com 100% dos estudantes, só ocorrerá quando 80% dos Departamentos Regionais de Saúde estiverem na fase verde — que é o último patamar antes da abertura total das cidades. Esses níveis definidos por meio de cores (que vão de vermelho ao azul) são sinalizações que levam em conta dados epidemiológicos de avanço da doença e a capacidade de atendimento dos hospitais regionais. De acordo com o Governo do Estado, eles são uma forma de monitorar como está o controle da epidemia em São Paulo. A mesma metodologia foi usada para determinar a reabertura da economia paulista no começo do mês.
O Senado aprovou na noite desta terça-feira, 23, por 67 votos a 8, o adiamento das eleições municipais deste ano em razão da pandemia do novo coronavírus. O primeiro turno, que estava previsto para 4 de outubro, agora será realizado mais de quarenta dias depois, no dia 15 de novembro. O segundo será no dia 29 de novembro – antes, essa etapa da votação estava prevista para o dia 25 de outubro. A proposta de emenda à Constituição ainda precisa passar por uma segunda votação no Senado e depois ir para a Câmara, onde também terá de ser submetida a duas sessões. Os senadores ainda analisam destaques à proposta. Outra mudança aprovada pelo plenário do Senado foi o adiamento das convenções partidárias que vão definir os candidatos e as coligações. Elas agora poderão ser realizadas entre 31 de agosto e 17 de setembro – antes, o prazo era entre 20 de julho e 5 de agosto. O prazo para candidatos deixarem as funções públicas ou apresentação de programas de TV passou de 30 de junho para 15 de agosto. Com a mudança, a diplomação dos candidatos ocorrerá no dia 18 de dezembro, a tempo de tomar posse no dia 1º de janeiro de 2021, como estava previsto. A oposição às diversas propostas de não realizar a eleição neste ano e estender os mandatos de prefeitos e vereadores uniu os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Mas há um grupo de parlamentares, liderados pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), que ainda tenta articular um movimento para prorrogar os atuais mandatos até 2022 e unificar as eleições municipais com as disputas nacionais – para presidente, governador, senador e deputados estaduais e federais. Um inconveniente do adiamento das eleições é que os novos prefeitos e vereadores assumirão os seus postos sem que os seus gastos tenham sido julgados pela Justiça Eleitoral – para o cumprimento dos prazos processuais, a chancela às prestações de contas só ocorrerá em fevereiro de 2021. Dependendo da decisão, os empossados poderão ter de deixar os seus cargos.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro é hoje o principal adversário de Jair Bolsonaro na corrida presidencial de 2022, segundo levantamento da Quaest Consultoria e Pesquisa. Na sondagem, feita entre os dias 14 e 17 de junho, com 1000 entrevistados distribuídos pelas 27 unidades da federação, Moro aparece com 19% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 22%. O ex-juiz da Operação Lava-Jato supera seu antigo chefe em alguns segmentos, como entre pessoas com mais de 60 anos (24% a 22%) e com renda mensal superior a cinco salários mínimos (24% a 15%). Moro também está à frente de Bolsonaro nas regiões sudeste (24% a 21%) e sul (20% a 18%). Na terceira e na quarta colocações, estão nomes da esquerda. Derrotado no segundo turno em 2018, Fernando Haddad, do PT, tem 13%. Já Ciro Gomes, do PDT, registra 12%. A acirrada rivalidade entre eles não é apenas numérica. Ciro tenta tomar de Lula, o padrinho de Haddad, o papel de líder entre os esquerdistas. Uma de suas estratégias é dialogar com diferentes setores da sociedade, o que inclui antigo rivais, enquanto o ex-presidente insiste em falar apenas aos convertidos. Em quinto e sexto lugares, muito distantes dos dois primeiros pelotões, estão o apresentador Luciano Huck (5%) e Guilherme Boulos (3%), do Psol. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), registra apenas 2%. Faltando mais de dois anos para a votação, outro dado chama a atenção: 23% dos entrevistados dizem não ter candidato. A Quaest terminou o levantamento um dia antes de o policial aposentado Fabrício Queiroz, suspeito de coordenar um esquema de rachadinha que teria beneficiado o senador Flávio Bolsonaro, ser preso. Não mediu, portanto, o impacto dessa notícia. Já os efeitos da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 50 000 pessoas no Brasil, foi devidamente registrado. Os dados não são nada bons para Bolsonaro, que desdenhou da doença. De acordo com a pesquisa, a desaprovação ao trabalho do presidente no combate ao novo coronavírus subiu de 47%, em abril, para 59%, em junho. Na média, a desaprovação aos governadores também aumentou, de 16% para 24%. A média só caiu no caso dos governadores da região Sul. No Sudeste, onde despacham dois chefes do Executivo que já anunciaram o desejo de disputar a Presidência (Doria e Wilson Witzel, do Rio), a desaprovação média passou de 19% para 30%. Mesmo assim, Rio e São Paulo estão abrandando o isolamento social. “O crescimento da avaliação negativa de Bolsonaro se deu, inclusive, no seu núcleo de eleitores. Entre os que votaram em Bolsonaro em 2018, cresceu de 19% para 31% os brasileiros que rejeitam a forma como o presidente conduz a crise”, diz a Quaest. E acrescenta: “O auxílio emergencial diminui, mas não estanca a crise de imagem do presidente. Entre os brasileiros que associam o benefício ao presidente, 37% avaliam mal a forma como Bolsonaro enfrenta a pandemia de coronavírus e 35% avaliam bem.” Segundo a pesquisa, o Congresso (50%), e não o presidente (37%), é o principal responsável pelo auxilio emergencial.
Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia (SP). De acordo com o G1, os mandados de busca, apreensão e de prisão foram expedidas pela Justiça do Rio de Janeiro, em operação pela Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo. A operação é um desdobramento da investigação que apura o esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em dezembro de 2018, uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que Queiroz, que atuava como assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Alerj, recebia parte do salário dos demais servidores do gabinete. Uma dessas funcionárias, sua filha Nathalia Melo de Queiroz, depositou valor equivalente a 99% do que recebeu enquanto esteve como servidora do Legislativo fluminense. Essas análises foram feitas com base num relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no âmbito da Operação Furna da Onça. O documento mostrou movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, quantia considerada atípica para um assessor parlamentar e policial militar aposentado.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi diagnosticado com coronavírus neste sábado (13). Segundo a Prefeitura, o teste positivo veio depois de exame de rotina. Ele passa bem, não apresenta sintomas e recebeu recomendação de seu médico, Davi Uip, para permanecer trabalhando em casa e em observação pelos próximos dias. Covas afirmou que não vai se licenciar do cargo. “Depois de 4 testes negativos, hoje, infelizmente, testei positivo para a Covid-19. A orientação é ficar dentro de casa, já que não tenho sintomas, e não há necessidade de me licenciar do cargo de prefeito. Vou poder continuar a me reunir de forma online. A expectativa é a de que eu fique aqui por 10 dias”, disse.
Mais uma história dramática envolvendo as vítimas do novo coronavírus no Brasil. O professor Júlio César dos Reis Martins, de 27 anos, morreu no último domingo (7) em Caridade, interior do Ceará, por contrair a covid-19. Um dia depois, seus filhos gêmeos nasceram. A esposa, Andrelice Fernandes, deu à luz aos filhos Téo e Bento num hospital de Fortaleza e já voltaram para casa. Segundo relatos de parentes, César, que ministrava aulas de Português, Redação e Espanhol, era asmático e dizia que tinha medo da Covid-19. Mesmo doente, ficou em casa pois não queria ir ao hospital. O quadro clínico piorou por três dias e só então ele decidiu ir ao hospital. Foi transferido logo em seguida para Tauá e depois para a UTI de Crateús, pois necessitava de hemodiálise.
A história da jovem Maria Eduarda Campelo Santiago é mais um capítulo dos dias difíceis que o Brasil enfrenta. Aos 20 anos, Maria morreu de Covid-19 apenas 15 dias depois de dar à luz. Ela era de Teresina, no Piauí e foi diagnosticada com a doença ainda quando estava grávida. Maria foi internada logo após o parto e precisou ser intubada na UTI pois apresentou um quadro delicado, mesmo sem nenhuma doença coexistente que complicasse o caso, como hipertensão ou diabetes. Após 10 dias em intubação e duas semanas de internação, Maria não resistiu aos sintomas e morreu. O filho dela precisou ser encaminhado para uma Unidade de Tratamento Intensivo pediátrica, onde respirou com a ajuda de aparelhos pois veio ao mundo prematuramente. Mesmo diante de um contexto tão complicado, uma notícia animadora surgiu: após o exame, o bebê testou negativo para coronavírus e segue se recuperando, já respirando por conta própria.
O Google Brasil acaba de registrar uma “segunda onda” de pesquisas por informações sobre divórcio na internet durante a quarentena. Nos últimos sete dias, as buscas pelo termo “divórcio virtual” cresceram 850% em todo o país. É muita coisa, mas, a julgar pelos números, o pico de insatisfação nos casamentos aconteceu nas duas últimas semanas de abril, quando houve um aumento de impressionantes 9900% (sim, quase dez mil por cento) nas buscas pelo termo “divórcio on-line gratuito”. De acordo com a Veja, a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins não se surpreende com estes dados. “O confinamento fez com que os casais ficassem sufocados, as pessoas não estão se aguentando mais”, diz. A falta de respeito à individualidade do outro e a obrigatoriedade de se manterem sob o mesmo teto 24 horas por dia seriam, segundo Regina, fatores que acabariam por “matar de vez” qualquer resquício de desejo sexual – isso sem falar na perda da capacidade de socialização e na falta que faz o exercício do poder de sedução fora de casa. “Antes da pandemia, o casal saía para trabalhar fora, via amigos, seduzia outras pessoas… Agora acabou isso tudo. Virou uma coisa sufocante, o que só comprova a teoria de que no casamento é onde menos se faz sexo”. Os números de buscas virtuais pelo assunto, no entanto, ainda não se refletem, na prática, nos cartórios cariocas. Responsável pelo 17° Ofício de Notas, na Rua do Carmo (Centro), Carlos Firmo não viu um aumento significativo de casais que buscam se separar legalmente em sua jurisdição (para que o divórcio, mesmo on-line, seja efetivado, o cartório tem que ser acionado para uma videoconferência do casal com o tabelião). “É possível que as pessoas estejam sondando e pesquisando o assunto para resolver tudo quando acabar a quarentena. Vamos ver. De repente vem uma avalanche de processos quando a vida voltar ao normal”.
O plenário do Senado aprovou nesta sexta-feira (05) um projeto de lei que prevê o uso obrigatório de máscaras de proteção para circulação em espaços públicos ou privados, mas acessíveis ao público. A obrigatoriedade vale durante a vigência das medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia do novo coronavírus. A determinação do Projeto de Lei 1562/2020 vale também para o transporte público, como ônibus, metrôs, táxis, carros de aplicativos e aviões. Quem não usar a máscara será multado. Agora, o projeto volta para nova apreciação da Câmara. Durante a sessão, foi acolhida a emenda do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) que propõe critérios da multa para quem não usar a máscara. O valor a ser definido deve considerar se houve reincidência ou se a infração ocorreu em ambiente fechado.
Mais de uma semana depois de sancionar o socorro a estados e municípios, o presidente Jair Bolsonaro editou, na noite desta quinta-feira, medida provisória (MP) que abre crédito de R$ 60 bilhões no Orçamento deste ano para transferir aos governos regionais. De acordo com o jornal o Globo, a MP ainda não significa que a primeira das quatro parcelas vai cair imediatamente na conta dos governos regionais. A previsão do Ministério da Economia é que isso só ocorra no dia 9. “A edição dessa MP é um dos procedimentos necessários ao pagamento e está dentro do prazo estimado”, informou a pasta. A publicação da medida provisória é apenas uma das etapas do processo burocrático dentro do governo para os estados receberem os recursos. O dinheiro ainda tem que percorrer burocracias bancárias do governo e nos bancos públicos para chegar nas contas dos governos locais.
Na última semana, o Google Brasil revelou o aumento vertiginoso de 9900% na busca pelo termo “divórcio online gratuito”, no período de 13 a 29 de abril. Além disso, a pergunta “como dar entrada em um divórcio” registrou crescimento de 82% no país. Por outro lado, o Brasil vive uma baixa em relação ao número de divórcios; de acordo com a Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec), houve uma diminuição de 43% entre fevereiro e abril de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Além das separações de uniões reconhecidas por lei, casais que apenas moram juntos também estão se separando.
O presidente da República Jair Bolsonaro vetou o uso do saldo remanescente do Fundo de Reservas Monetárias (FRM), de cerca de R$ 8,6 bilhões, para o combate ao novo coronavírus. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (3) do "Diário Oficial da União". A destinação do dinheiro tinha sido aprovada em maio pelo Congresso Nacional durante a análise de medida provisória editada por Bolsonaro e que extinguiu o fundo. Bolsonaro também vetou outros trechos do texto aprovado pelos parlamentares, entre eles o que previa a repartição do dinheiro entre estados e municípios para a compra de materiais de prevenção à pandemia. O presidente sancionou apenas a parte da lei que extingue o fundo, que já estava inativo. Criado em 1966, o FRM era abastecido com reservas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), usadas para intervenção nos mercados de câmbio e na assistência a bancos e instituições financeiras. Agora, cabe ao Congresso analisar o veto presidencial, que poderá ser mantido ou derrubado. Não há ainda previsão de quando a questão será analisada pelos parlamentares. Durante a tramitação na Câmara e no Senado, o projeto havia sido aprovado com grande consenso. Entre os deputados, a votação tinha sido simbólica (sem o registro de votos no painel eletrônico), modalidade usada geralmente quando há acordo sobre o teor da matéria. No Senado, a aprovação havia sido unânime, com 75 votos a favor.
A produção industrial brasileira desabou 18,8% em abril, na comparação com março, atingindo o nível mais baixo já registrado no país, conforme divulgou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tombo recorde evidencia a dimensão do impacto da pandemia de coronavírus e das medidas de isolamento social na atividade econômica. “É a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 26,1% no período”, informou o IBGE. Em março, a produção já havia recuado 9% frente ao mês anterior — variação que foi revisada pelo IBGE ante queda de 9,1% anteriormente divulgada. Com o tombo de abril, o patamar da produção industrial no país ficou 38,3% abaixo de pico histórico, registrado em maio de 2011. “É o patamar mais baixo da série histórica na pesquisa. Estamos no piso da produção industrial”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo. Na comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior, de 27,2%, o sexto resultado negativo seguido nessa comparação e também recorde negativo da série histórica da pesquisa. Apesar da forte queda, o resultado de abril veio menos ruim que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 29,2% na variação mensal e de 33,1% na base anual. No ano, de janeiro a abril, a produção industrial encolheu 8,2%, e nos últimos 12 meses, passou a acumular retração de 2,9%.
A Comissão de Ética da presidência da República decidiu na última terça-feira (02), por unanimidade, que Sérgio Moro não poderá advogar por seis meses, a contar da data em que ele deixou o governo, dia 24 de abril. O colegiado identificou potencial conflito de interesses na atividade. Como foi-lhe imposta a quarentena, Moro terá direito a continuar recebendo salário de ministro, de R$ 31 mil, durante o período. De acordo com o jornal o Globo, a comissão, entretanto, liberou Moro para dar aulas e ser colunista de uma revista.
O grupo de hackers Anonymous Brasil vazou na noite desta segunda-feira (1º), criminosamente, no Twitter, supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros, empresário e politicos bolsonaristas. De acordo com o Tribuna da Bahia, o grupo Anonymous é um coletivo de hackers que atacam sites. Podem invadir e divulgar criminosamente arquivos na internet. Os hackers vazaram supostos dados cadastrais, como endereços e telefones pessoais e de vários contatos de familiares e outros, além de informações sobre suposto patrimônio dos atingidos. Pouco depois da publicação, a rede social apagou as postagens. O Twitter também baniu o perfil do Anonymous Brasil, por violar as regras da empresa. Entre as vítimas dos ataques do Anonymous estão o presidente, seus filhos (o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro); os ministros da Educação, Abraham Weintraub, a ministra da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o empresário Luciano Hang, apoiador do governo. Douglas Garcia confirmou o vazamento de seus dados e acusou a ação criminosa dos hackers, em rede social. Ele disse que registrará boletim de ocorrência policial sobre a invasão. Carlos Bolsonaro confirmou o vazamento de seus dados. Ele acusou, numa rede social, “a turma pró- democracia” pelo vazamento, sem apresentar provas. Procurados, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça ainda não se manifestaram.
Levantamento nacional do Instituto Paraná Pesquisas mostra que 65,3% dos brasileiros são favoráveis ao adiamento das eleições municipais de outubro para novembro ou até dezembro. Os que são contra a mudança da data somam 28,7% e 6% não opinaram. Norte e Centro-Oeste, com 68%, são as regiões onde o clamor pelo adiamento do pleito é mais forte. De acordo com a Veja, o levantamento foi concluído nesta semana. O instituto ouviu 2.280 habitantes nas 27 unidades da federação.
Os anúncios de flexibilização das medidas de isolamento contra a Covid-19, feitos em vários estados, estão ocorrendo na época em que há maior circulação de vírus respiratórios no país, segundo séries históricas do InfoGripe, sistema de monitoramento da Fiocruz. Avaliando os dados dos últimos anos considerados "regulares" (período de 2010 a 2015 e o ano de 2017), a incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que está associada à circulação dos vírus respiratórios, costuma ser maior exatamente nesta época na maior parte do país. A incidência representa o número de casos de uma doença para cada 100 mil habitantes de uma determinada região. Para entender padrões de circulação de vírus respiratórios, o país é classificado em quatro “regionais”: norte, sul, central e leste. Os períodos de maior ou menor circulação coincidem com características climáticas, explica Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Pesquisa Datafolha publicada na madrugada desta terça-feira (2) no site do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 52% dos entrevistados conhecem alguém que contraiu o novo coronavírus, que 5% admitem que já foram contaminados e que 45% têm muito medo de ser contaminado. O levantamento ouviu 2.069 pessoas nos dias 25 e 26 de maio. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Pesquisa Datafolha publicada pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 61% dos brasileiros que assistiram ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril acreditam que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. O instituto ouviu 2.069 adultos por telefone celular na segunda (25) e nesta terça (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais. Tiveram acesso ao vídeo ou a seu conteúdo 55% dos brasileiros, segundo a pesquisa.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26) um projeto de lei que repassa R$ 3 bilhões da União para ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante a pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Entre as principais medidas da chamada Lei Aldir Blanc está o pagamento de uma renda emergencial de R$ 600 aos profissionais informais da área. O texto segue agora para o Senado. De acordo com o projeto, o recebimento da renda emergencial será limitado a dois membros da mesma família. A mulher que for mãe solteira e chefe de família terá direito a duas cotas da renda emergencial. Vale ressaltar que o setor emprega mais de 5 milhões de pessoas. De acordo com o texto, se a Lei foi aprovada no Senado e pelo presidente Bolsonaro, o dinheiro deverá ser usado por estados, Distrito Federal e municípios para implementar políticas para o setor.