Em entrevista à revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que “se excedeu” durante as manifestações de viés golpistas de 7 de setembro e que muitos de seus apoiadores esperavam que ele “chutasse o pau de barraca”. Porém, ao explicar o seu recuo com uma carta escrita com a ajuda do ex-presidente Michel Temer (MDB), disse que preferiu “acalmar tudo”. Segundo ele, não há chance de “melar a eleição”, como já chegou a ameaçar. Prestes a completar 1 000 dias de governo, Jair Bolsonaro recebeu a Veja na quinta-feira 23 para uma conversa de duas horas no Palácio da Alvorada, onde cumpre isolamento sanitário por comparecer à abertura da Assembleia-Geral da ONU. Em Nova York, Bolsonaro pintou um Brasil que se livrou da corrupção, superou a pandemia, protegeu o meio ambiente e está bem estruturado para receber investimentos internacionais. “Esperavam que eu fosse chutar o pau da barraca. Você imagina o problema que seria chutar o pau da barraca”, disse Bolsonaro, que ainda afirmou na entrevista que não convocou as manifestações, embora tenha as incentivado nas semanas anteriores, adotando um tom golpista. Ao dizer que extrapolou em algumas falas em São Paulo, Bolsonaro não explicou quais. “Eu vinha falando que estamos lutando por liberdade e comecei a falar uns quinze dias antes que estaria na Esplanada e em São Paulo. Mas em São Paulo, quando eu falei em negociar, eu senti um bafo na cara. Extrapolei em algumas coisas que falei, mas tudo bem”, disse. Crítico feroz ao voto eletrônico, Bolsonaro também recuou, dizendo que a participação das Forças Armadas em um conselho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dá segurança ao pleito. Segundo o mandatário, haverá eleições, embora tenha feito ameaças durante a sua defesa do voto impresso antes da rejeição do projeto pela Câmara dos Deputados “Vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição. O que o Barroso está fazendo? Ele tem uma portaria deles, lá, do TSE, onde tem vários setores da sociedade, onde tem as Forças Armadas, que estão participando do processo a partir de agora. As Forças Armadas têm condições de dar um bom assessoramento”, disse.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (22) uma mudança na distribuição de vagas das chamadas sobras eleitorais em cargos de deputados federais, estaduais e vereadores. Sobras eleitorais são as vagas não preenchidas pelo quociente eleitoral. Atualmente, o Código Eleitoral prevê que todos os partidos podem disputar as sobras eleitorais. O quociente eleitoral é um número encontrado pela divisão do número de votos válidos pelo número de vagas na Câmara dos Deputados (e, da mesma maneira, nas assembleias legislativas e câmaras municipais), desprezada a fração. O projeto de lei (PL) aprovado hoje condiciona a distribuição de vagas do limite mínimo de votos obtidos pelo partido. De acordo com o texto aprovado pelos senadores, poderão concorrer à distribuição das sobras de vagas apenas os candidatos que tiverem obtido votos mínimos equivalentes a 20% do quociente eleitoral e os partidos que obtiverem um mínimo de 80% desse quociente. De acordo com a Agência Brasil, o PL segue para sanção presidencial.
Mais da metade dos brasileiros é a favor da volta do horário de verão, segundo pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro. Segundo o instituto, 55% apoiam a iniciativa. Outros 38% rejeitam adotar o sistema em que os relógios são adiantados em uma hora durante uma parte do ano para que haja uma hora a mais de claridade durante o dia. Os demais são indiferentes ou não souberam responder. Pesquisa Datafolha sobre o tema feita em setembro de 2017 mostrou que 58% aprovavam o programa, e 35% eram contra. O horário de verão foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sob o argumento de que já não garantia grande economia de energia enquanto causava transtornos para trabalhadores, principalmente aqueles que dependem do transporte público ainda de madrugada. O recorte da pesquisa mostra que a adesão é maior entre estudantes (74%), pessoas de 16 a 24 anos (71%) e com ensino superior (61%). A rejeição é maior entre aposentados (49%) e pessoas com ensino fundamental (44%). Nesses dois grupos, a adesão fica em 43% e 49%, respectivamente. Os empresários estão divididos: 46% contra e 46% a favor. Algumas entidades empresariais pedem a volta da medida para tentar reduzir o consumo de energia diante da seca nos reservatórios, entre elas, as do setor elétrico. Regionalmente, a mudança é mais aceita no Sul (63%) e menos no Sudeste (52%) e Centro Oeste/ Norte (51%). No Nordeste, onde o horário de verão deixou de ser adotado em suas últimas edições, o apoio também é elevado (59%).
Vinte governadores divulgaram nota na qual afirmam que o aumento do preço da gasolina é um “problema nacional” e não das unidades da federação. A carta é uma resposta às acusações do presidente Jair Bolsonaro, que culpa os estados pelo aumento do preço do combustível. Na carta, os governadores afirmam que, embora o preço do combustível tenha registrado aumento superior a 40% nos últimos 12 meses, nenhum estado aumentou nesse período o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um dos tributos que incidem sobre a gasolina. “Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, escreveram os governadores, entre os quais aliados de Bolsonaro como Claudio Castro (Rio de Janeiro), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás). “Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, diz a íntegra da nota. Sete governadores não assinaram a carta: Carlos Moisés (Santa Catarina); Ratinho Júnior (Paraná); Mauro Carlesse (Tocantins); Marcos Rocha (Rondônia); Antonio Denarium (Roraima); Wilson Lima (Amazonas); e Gladson Cameli (Acre).
Pai e madrasta foram presos suspeitos de espancar uma menina de 4 anos, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A criança precisou ser hospitalizada porque estava com ferimentos em várias partes do corpo e até com um braço quebrado. Conforme o Conselho Tutelar, ela perdeu a mãe para a Covid-19 há quatro meses. De acordo com o G1, a denúncia de agressão foi feita pelo próprio pai da criança à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na quinta-feira (16), após a irmã dele o alertar sobre os machucados. No entanto, enquanto o homem acusava a companheira de agredir a menina, a madrasta o acusou do mesmo. Assim, ambos acabaram presos. “A DPCA vai apurar as circunstancias desse delito, seja através de diligências, ouvindo testemunhas, [...] qualquer um que possa contribuir para a elucidação. As investigações vão individualizar a conduta de cada um: pai e madrasta”, explicou a delegada Bruna Coelho. Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o G1 não conseguiu localizar a defesa deles para que se posicionasse sobre o caso. Após a denúncia, a Polícia Civil localizou a criança e a submeteu a um exame médico. O profissional de saúde indicou que a paciente precisava de atendimento hospitalar. A menina foi encaminhada para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lages de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Segundo relatos do Conselho Tutelar e da Polícia Civil, a menina tinha hematomas novos e antigos. Como o braço direito dela estava fraturado, precisou passar por uma cirurgia.
A maioria da população brasileira desconfia sempre das declarações do presidente Jair Bolsonaro, segundo a última pesquisa Datafolha. Conforme o levantamento, 57% dos entrevistados afirmaram nunca confiar no que é dito pelo presidente, 28% disseram confiar às vezes e 15% responderam que sempre confiam. Este é o nível mais alto de desconfiança em relação às falas de Bolsonaro já medido pelo Datafolha. Na pesquisa anterior, realizada em julho, 55% haviam dito que nunca confiavam nas declarações do mandatário. Pouco antes, em maio, a barreira dos 50% tinha sido atingida. A alta é consistente desde dezembro passado. O instituto entrevistou presencialmente 3.667 pessoas em todo o país entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A maioria dos brasileiros, 56%, diz ser a favor da abertura do processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro pelo Congresso, de acordo com pesquisa feita pelo Datafolha entre 13 e 15 de setembro. O percentual de pessoas a favor do impeachment de Bolsonaro oscilou dois pontos para cima desde o último levantamento, em julho deste ano. Agora, se declararam contra a abertura do processo 41% dos entrevistados e 3% disseram não saber (eram 42% e 4% na pesquisa anterior, respectivamente). O tema do impeachment de Bolsonaro voltou a ser discutido com mais força entre os partidos de oposição depois dos atos bolsonaristas de 7 de setembro, em que o presidente fez discursos de ataque às istituições e seus apoiadores pediram o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, pautas inconstitucionais e antidemocráticas. Entre os segmentos da população mais favoráveis à queda de Bolsonaro estão homosssexuais e bisexuais (83%), estudantes (68%) e habitantes do Nordeste (67%). Na outra ponta, ainda se mostram mais contrários ao processo de impeachment empresários (69%), os que têm renda mensal maior que dez salários mínimos (55%), e evangélicos (53%). O levantamento do Datafolha ouviu presencialmente 3.667 pessoas maiores de 16 anos em 190 municípios. A parcela da sociedade a favor do impeachment tem aumentado sistematicamente desde janeiro, segundo o Datafolha. À época, 42% eram favoráveis à abertura do processo de impedimento do presidente, ante 53% favoráveis. Em maio, 49% se diziam a favor e 46% contrários à abertura do impeachment pelo Congresso.
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (16), pela Folha de S.Paulo, revela que a reprovação do governo Jair Bolsonaro segue em tendência de alta. De acordo com o levantamento, a reprovação oscilou 2 pontos percentuais em relação ao levantamento feito em julho - 53% consideram o governo ruim ou péssimo, o pior índice do mandato; na última pesquisa, eram 51%. O Datafolha ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios de todo o país nos dias 13 a 15 de setembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. O presidente é avaliado como bom ou ótimo por 22%, oscilação negativa dos 24% da pesquisa anterior, que já indicava o pior índice de seu mandato. O consideram regular 24%, mesmo índice de julho. A novidade antes da pesquisa foi a realização dos atos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 7 de setembro. O recuo do presidente após a pressão institucional, sugere o levantamento, também não trouxe impacto perceptível na forma de uma queda abrupta de apoio ao presidente na sua base.
As discussões para viabilizar a presença do cassino online Brasil cresce a cada dia. A ideia é que as plataformas não estejam apenas na internet, mas também nos resorts e hotéis brasileiros, acabando com uma proibição que vigora no país desde 1946, após decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra. A proposta tem o apoio de setores do Ministério da Economia e da sociedade civil. Em webinar promovido recentemente no fim de agosto, Gustavo Guimarães, chefe da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) do Ministério da Economia, afirmou que a ideia em debate é tornar viável a constituição dos resorts integrados, algo que está em debate em projetos de lei no Congresso Nacional. “Pela nossa visão é de que existem investimentos vultosos, não só dos próprios players, mas também do Estado e da regulação rigorosa. Venho do setor financeiro, pois sou funcionário de carreira do Banco Central do Brasil e sempre olho para a questão dos cassinos com a mesma visão. É um setor muito importante e que precisa ser bem regulado”, disse. Guimarães revelou que acompanha no Congresso Nacional o trâmite das discussões sobre cassinos já que “é uma demanda não só da indústria, mas também da sociedade”. “Entendemos também que o turismo irá se beneficiar bastante do avanço dessa discussão no Brasil. Há um potencial imenso de arrecadação e tem muito a contribuir para o país em termos de emprego, renda e desenvolvimento e arrecadação”, afirmou. Também presente no evento online, Karen Sierra Hughes, que é vice-presidente para a América Latina e Caribe da Gaming Laboratories International, mostrou dados recentes da American Gaming Association, maior entidade do setor no mundo, mostrando como a indústria dos cassinos impacta de maneira positiva a economia dos EUA, e de como esse pode ser um exemplo positivo para o Brasil. “É uma indústria rica e muito importante para o desenvolvimento em vários segmentos industriais em todas as jurisdições onde existe uma regulamentação séria. Por isso é fundamental que exista um equilíbrio perfeito entre a receita de jogos e a regulamentação”, afirmou Hughes. “É preciso que se dê aos operadores condições para que sejam bem-sucedidos nessa indústria e que, com isso, o setor seja um importante gerador de recursos para um país, ao mesmo tempo apresentar regulações que sejam suficientemente robustas para que o crescimento seja controlado e supervisionado”, completou a executiva. Quem também esteve presente nas discussões foi Alex Pariente, vice-presidente de Cassinos e Hotéis do Hard Rock, tradicional casa conhecida mundialmente. O grupo, que nasceu em Londres em 1971, tem mais de 253 unidades da marca e atualmente 36 hotéis, sendo 11 deles em desenvolvimento no Brasil, e 13 cassinos. “Defendemos os resorts integrados como um gestor de turismo, capaz de gerar forte impacto na economia”, disse o dirigente. “Quando falamos em resorts integrados, destacamos um nível diferente de escala econômica, tanto do ponto de vista do empreendimento em si quanto da influência que ele tem nos locais onde são estabelecidos e na economia”, completou o executivo do Grupo Hard Rock. De acordo com ele, entre os benefícios da implantação de um cassino em resort integrado destacam-se os altos investimentos, que podem chegar a 1,1 milhão de dólares por quarto, grande geração de empregos e forte impacto econômico e de desenvolvimento local. “O Brasil precisa dar esse passo e aproveitar uma demanda reprimida”, finalizou o executivo.
A mãe de uma adolescente de 12 anos descobriu que a filha não foi vacinada contra a Covid-19 após publicar um vídeo nas redes sociais. O caso ocorreu na tarde deste sábado (11) durante uma ação de vacinação em Várzea Paulista (SP). Em um vídeo enviado à TV TEM, é possível ver que a enfermeira estava com a seringa e quando coloca a agulha no braço da adolescente, não injeta o imunizante e finaliza como se tivesse vacinado. Em entrevista ao G1, a mãe da adolescente, que preferiu não ser identificada, contou que fez o vídeo do momento da aplicação como uma forma de comemorar o “presente de aniversário” antecipado da filha, que completará 13 anos no dia 19 deste mês. “Eu não tenho o costume de filmar, mas eu resolvi filmar ela. Ela estava super ansiosa com a vacinação e tem pavor de agulha. Depois que postei o vídeo, percebei que ela não tinha sido vacinada. Eu fui no postinho de saúde e expliquei para as enfermeiras”. Segundo a mãe da adolescente, ela havia sido orientada a voltar na segunda-feira (13) para a jovem receber a dose correta, mas ela explicou para a equipe que não conseguiria por causa da rotina de trabalho da família. Depois de conversas com a equipe, a adolescente conseguiu receber o imunizante de forma correta, de acordo com a mãe. “Eu queria que minha filha fosse vacinada no sábado. Nos sentimos enganadas. Essa vacinação é muito importante, tem pessoas morrendo por causa do vírus. Com quantas crianças pode ter acontecido isso? Que a mãe não viu ou só tirou foto. É um alerta para que os pais fiquem atentos”. Em nota, a Prefeitura de Várzea Paulista informou que adotou todas as providências e que os fatos estão sendo apurados pela administração. A enfermeira foi afastada da equipe de vacinação.
A estudante Juliana Alves, de 15 anos, foi assassinada com pelo menos cinco tiros, na tarde deste sábado (11), enquanto saía de casa com a mãe para comprar o almoço. O crime aconteceu no bairro Cidade de Deus, Zona Norte de Manaus. De acordo com o G1, o crime aconteceu por volta do meio-dia. Familiares da vítima, que preferiram não se identificar por medo de represálias, contaram ao G1 que Juliana e a mãe estavam na rua quando foram surpreendidas por um homem, ainda não identificado, que saiu de um carro. “O homem só fez sair do carro e apontar o revólver para a cabeça dela e atirar. Não sabemos o motivo para este crime. Ela era uma menina tranquila e inocente, ainda estudava, estava na nona série e nunca se envolveu em crime nenhum”, disse um familiar de Juliana. Testemunhas afirmam, ainda, que a mãe da adolescente chegou a pedir para que a filha corresse e se escondesse, mas a jovem não teve tempo. “A gente pensava que era até algum motorista perdido pelo bairro atrás de informações sobre a rua, mas não. Ela não teve tempo de defesa. Foi um crime cruel”, afirmou o parente da vítima. Policiais da 13ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) estiveram no local e o caso será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
A Câmara dos Deputados aprovou, por 378 votos a favor e 80 contrários, nesta quinta-feira (9) o texto-base do projeto de lei que institui o novo Código Eleitoral. De acordo com G1, com 898 artigos e quase 400 páginas, a proposta faz uma reformulação ampla em toda a legislação partidária e eleitoral. No último dia 31, o plenário da Câmara aprovou, por 322 votos a 139, o regime de urgência para tramitação do projeto. Para a conclusão da votação, os deputados ainda precisam analisar os chamados destaques, que são sugestões de alteração na matéria. Em seguida, o texto irá ao Senado. Entre as mudanças estabelecidas no relatório, estão: a proibição de divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e no dia do pleito; e a obrigação dos institutos de informar o percentual de acerto das pesquisas realizadas nas últimas cinco eleições. Essas alterações são vistas por especialistas como um cerceamento de informações para o eleitor. Analistas afirmam ainda que a proibição de divulgação de pesquisas de institutos confiáveis às vésperas das eleições pode estimular a circulação de números falsos, confundindo os eleitores. Outras mudanças também são alvo de críticas, como a possibilidade de novos gastos com o fundo partidário e dispositivos que são considerados restrições à fiscalização por parte da Justiça Eleitoral. O texto também prevê quarentena obrigatória de cinco anos para militares e policiais que queiram se candidatar a partir de 2026. A relatora da proposta, deputada Margarete Coelho (PP-PI), previa o afastamento das funções também para juízes e membros do Ministério Público, mas essas duas categorias foram retiradas durante a votação dos destaques.
O presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta quinta-feira (9) um texto intitulado “Declaração à Nação” no qual afirma que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos poderes”. Segundo o texto, “as pessoas que exercem o poder não têm o direito de 'esticar a corda', a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”. Em ato político na última terça-feira (7), em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. “Dizer a vocês que, qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais”, declarou Bolsonaro a um público de apoiadores. O presidente da República chegou a fazer uma ameaça ao presidente do STF, ministro Luiz Fux: “Ou o chefe desse poder enquadra o seu [Alexandre de Moraes] ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”. A divulgação da “Declaração à Nação” foi um conselho a Bolsonaro do ex-presidente Michel Temer. Na manhã desta quinta, Bolsonaro mandou um avião para São Paulo, a fim de buscar o ex-presidente para um almoço no qual discutiram a crise institucional. Temer orientou Bolsonaro a divulgar um “manifesto de pacificação”. No texto, o presidente credita a crise institucional a “discordâncias” em relação a decisões de Alexandre de Moraes e afirma que essas questões “devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal”. “Quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”, afirmou Bolsonaro na declaração.
Dudu Braga, de 52 anos, filho do cantor Roberto Carlos faleceu nesta quarta-feira (8), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado devido a um câncer irreversível. O produtor musical estava desde setembro do ano passado lutando contra a doença detectada em seu peritônio, membrana que envolve a parede abdominal. No entanto, mesmo com o tratamento, ele teve uma piora nos últimos dias. Dudu deixa a esposa, Valeska, com quem estava há 17 anos, e a filha, Laura, de cinco anos. O velório e enterro de Braga será restrito a família.
O vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão (PRTB), minimizou as especulações de que pode assumir o cargo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em caso de impeachment. Um dia depois dos atos do 7 de setembro, onde Bolsonaro fez nova ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), Mourão afirmou que o governo possui maioria ampla de apoio no Congresso, o que inviabilizaria qualquer tentativa de destituição do cargo. “Não vejo que haja clima para o impeachment do presidente, tanto na população como um todo, como dentro do próprio Congresso. Acho que o nosso governo tem uma maioria confortável de mais de 200 deputados lá dentro. Não é a maioria para aprovar grandes projetos, mas capaz de impedir que algum processo prospere contra a pessoa do presidente da República”, afirmou Mourão. O general disse ainda que as manifestações de ontem foram “expressivas” e demonstram a tensão existente entre o Judiciário e o Executivo no momento. “Manifestação expressiva, deixo de comentar discursos que foram feitos, porque é uma questão ética do vice-presidente. Na minha visão, existe um tensionamento entre o judiciário e o executivo. Tenho uma ideia muito clara sobre o inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes: não está correto. Juiz não pode conduzir inquérito. Acho que tudo se resolveria se o inquérito passasse para a PGR e acabou. Isso distensionaria os problemas”, disse em relação ao inquérito das Fake News.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) assinou nesta segunda-feira (6), uma medida provisória que endurece as regras para a remoção de conteúdos de redes sociais no Brasil. A MP altera o Marco Civil da Internet, lei criada em 2014, para evitar a “remoção arbitrária e imotivada” de perfis e de conteúdos das redes, além de dar mais clareza sobre “políticas, procedimentos, medidas e instrumentos”, segundo a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. O texto prever, entre outros pontos, a exigência de “justa causa e de motivação” para excluir conteúdos, além de cancelar ou suspender as funcionalidades das contas ou perfis mantidos nas redes sociais. “A medida busca estabelecer balizas para que só provedores de redes sociais de amplo alcance, com mais de 10 milhões de usuários no Brasil, possam realizar a moderação do conteúdo de suas redes sociais de modo que não implique em indevido cerceamento dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros”, afirmou comunicado da Secom, no Twitter. “Além da exigência de justa causa e motivação em caso de cancelamento, suspensão e exclusão de conteúdos e funcionalidades das contas nas redes sociais, o dispositivo prevê ainda direito de restituição do conteúdo disponibilizado pelo usuário na rede”, acrescentou o comunicado.
O vereador Diogo Silveira Castilho (DEM), de Dourados, foi preso em flagrante pela Polícia Militar na noite de sábado (4), em sua casa, no bairro Parque Alvorada, por violência doméstica contra sua noiva, de 27 anos. Informações preliminares apontam que o casal teria discutido inicialmente na casa de amigos e depois, quando voltaram para casa, a divergência teria evoluído para agressão. Após o flagrante, o vereador, que também é médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, foi encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados. O advogado do vereador, Renan Pompeu, disse que como o caso é de violência doméstica, não há fiança, e que, portanto, ele passou o domingo preso, mas que nesta segunda-feira (6) vai pedir à Justiça para que Diogo Castilho responda em liberdade. O presidente da Câmara Municipal de Dourados, Laudir Munaretto (MDB), adiantou que será montada uma comissão para analisar o ocorrido. De acordo com o G1, o promotor plantonista do Tribunal de Justiça, Juliano Albuquerque, pediu que a prisão em flagrante do vereador fosse convertida em preventiva, o que foi acatado pela juíza de direito, Rosângela Alves de Lima Fávero. O advogado de Diogo entrou com pedido de revogação dessa prisão.
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) está de volta a Brasília — e ao jogo. Cinco anos após ter o mandato cassado, o ex-deputado circula pela capital federal disposto a se recolocar no tabuleiro político. Longe dos holofotes, ele se encontra com parlamentares de diferentes partidos, advogados e amigos para amealhar apoio para 2022. Além de trabalhar para eleger a filha Danielle deputada federal pelo Rio de Janeiro, ele cultiva um plano mais ousado: reconquistar seus direitos políticos e disputar uma vaga à Câmara dos Deputados por São Paulo. Algoz da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment, Cunha aposta que a memória do eleitorado antipetista lhe devolverá a cadeira de deputado. “Minha filha é candidata no Rio, não disputarei com ela. Então penso em ser candidato por São Paulo. Sou muito bem recebido lá”, confirmou Cunha ao jornal o Globo, na última quinta-feira (02). Um dos personagens principais da Operação Lava-Jato, condenado em segunda instância a 15 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Câmara segue trabalhando para anular as ações a que responde. Na matéria completa, exclusiva para assinantes, saiba mais sobre as idas frequentes de Cunha para Brasília, suas conversas com Arthur Lira, atual presidente da Câmara, e a tentativa de aproximação com o núcleo bolsonarista.
A aposentada Maria Helena Nóbrega, de 76 anos, nasceu em Feira de Santana e passou a maior parte da vida morando em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul e longe cerca de 850km do litoral mais próximo. O amor entre ela e a praia, no entanto, supera facilmente a barreira da distância: o negócio dela é o mar. Nas condições normais de temperatura e pressão, era mais fácil. A ex-professora sempre dava algumas escapadas aqui e ali para encontrar-se com as águas salgadas. Eram até quatro viagens por ano ao litoral. “Eu sou doida pelo mar. Passava um mês ou dois e eu já inventava uma viagem”, lembra a feirense ao jornal Correio. O problema começou quando, em março de 2020, a pandemia de covid-19 bateu à porta. Prudente, ela se isolou em casa, evitando contato com outras pessoas para não contrair o coronavírus. O problema era que a saudade seguia batendo no peito. Durante uma reforma na piscina no sítio em que mora ao lado do marido, surgiu a solução: se Maria Helena não vai até a praia, vai a praia a Maria Helena.
“A pessoa que veio fazer a obra deu a sugestão: 'por que não criar uma praia artificial no quintal de sua casa?' Após pensar um pouco, meu filho me disse que daria de presente e eu topei”, conta Maria Helena, que iniciou a obra no início de janeiro. Para isso, a água cristalina foi puxada de um poço artesiano. A decoração tem direito a areia, coqueiros e pedras em torno do 'mar' de 150m². A obra custou, até agora, cerca de R$ 200 mil. No meio do caminho o dinheiro acabou. “Tivemos que vender o carro e fazer alguns empréstimos consignados”, lembra ela. “Agora só falta poucos detalhes de decoração, como iluminação e ajuste do paisagismo”. A praia, agora, transformou-se no ponto de encontro da família, com os filhos e netos de Maria Helena se juntando para tomar um sol nas areais sul-mato-grossenses. “Daqui a pouco é meu aniversário de 77 anos e eu já estou planejando uma super festa, com o tema Havaí”, revela.
A cantora paraense Joelma está cheia de novidades para o próximo ano. Ela anunciou que vai voltar com Banda Calypso. A declaração da artista aconteceu no último sábado (28), durante uma live especial que aconteceu em seu canal do Youtube. Segundo Joelma, a intenção é fazer uma turnê especial com o grupo com o qual ela foi revelada para todo o Brasil: “Tem muita coisa por vir (…). Ano que vem a gente está com a turnê Isso é Calypso, e a banda Isso é Calypso vai voltar”, disse. O anúncio do retorno da Banda Calypso aconteceu após pouco mais de cinco anos, quando ela se divorciou de marido e companheiro de banda, o guitarrista Chimbinha. Desde então Joelma segue em carreira solo, onde já conta com diversos hits lançados. De acordo com o jornal Correio, recentemente, a loira, que tem mais de 30 anos de carreira e desde 1999 no comando da Calypso, lançou o clipe do single Coração Vencedor, que atualmente já conta com quase 5 milhões de visualizações no Youtube.
Dois homens foram presos pela Polícia Federal (PF) por contrabando de gasolina na fronteira entre Guajará-Mirim (RO) e a Bolívia, a 330 quilômetros de Porto Velho. O flagrante foi no fim da tarde de quinta-feira (26) e, segundo a polícia, a dupla revendia o litro da gasolina no Brasil por R$ 3,80. A PF informou que o contrabando de gasolina adulterada foi descoberto após investigação de outra ocorrência com o mesmo tipo de crime. Os policiais federais descobriram o local em Guajará-Mirim onde a dupla escondia a gasolina transportada da Bolívia. De acordo com o G1, ao todo, os suspeitos recebiam 400 litros de gasolina boliviana para serem revendidos em Guajará-Mirim. “Os policiais chegaram a flagrar uma movimentação de motoristas que dirigiam-se ao imóvel para abastecer seus veículos em Guajará-Mirim”, diz a PF. Segundo a polícia, os dois investigados foram presos e confessaram a prática do crime de contrabando. A dupla recebeu voz de prisão e levada ao presídio de Guajará-Mirim, onde permanece à disposição da Justiça. Atualmente, o preço médio da gasolina no estado de Rondônia custa R$ 6,02, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na última semana, o levantamento apontou que alguns estabelecimentos já comercializavam o litro da gasolina por R$ 6,49. A pesquisa foi feita em 226 estabelecimentos do estado.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em conversa com apoiadores, em Brasília, pediu compreensão da sociedade acerca dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha no Brasil. “A gasolina tá barata, o gás de cozinha tá barato. O pessoal tem que entender a composição do preço. Acabam me culpando por tudo o que acontece no Brasil”, disse Bolsonaro. Ao decorrer de 2021, a gasolina subiu 51%, segundo a CNN Brasil. Conforme economistas, o aumento tem sido puxado pelo crescimento do preço internacional do petróleo e pelo dólar alto, alimentado ainda pela política da Petrobras de repassar os custos para o mercado brasileiro.
O presidente Jair Bolsonaro vetará nesta sexta-feira o aumento do valor do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Legislativo em julho. Em seguida, o Palácio do Planalto deverá enviar ao Congresso um projeto com valor da eleição passada corrigido pela inflação, segundo fontes do Palácio do Planalto. A correção dos R$ 2 bilhões da eleição passada deve ser feita no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O prazo para Bolsonaro decidir sobre o fundo eleitoral termina nesta sexta-feira. Em sua live semanal na quinta-feira, o presidente disse que faria “a coisa certa”. De acordo com o jornal o Globo, Bolsonaro lembrou que em sua campanha presidencial de 2018 gastou R$ 2 milhões e comparou com o valor que cada deputado poderá receber do fundo eleitoral no ano que vem. “Amanhã sai a sanção ou veto do fundo partidário. Fica tranquilo aí, vamos fazer a coisa certa”, afirmou o presidente. No Congresso, parlamentares do Centrão ouvidos reservadamente avaliam que a decisão de Bolsonaro deve forçar a construção de um acordo para a derrubada do veto. Além da tentativa de restituir o valor previsto, há a expectativa de que seja solucionado um impasse legal. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fixa um parâmetro para a destinação ao fundo eleitoral, cuja projeção é de R$ 5,7 bilhões. Sem essa previsão, parte dos deputados entende que o governo assume o risco de barrar qualquer repasse às campanhas. Seria necessário, portanto, o envio de um projeto para alterar a própria LDO e restabelecer um critério para o fundo. A solução do governo pela fixação do valor apenas na Lei Orçamentária, sem uma diretriz, suscita questionamentos. Enquanto a LDO fixa balizas e parâmetros gerais para o Orçamento, a Lei Orçamentária determina os valores que deverão ser alocados pelo governo.
Uma operação da Polícia Civil de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, prendeu na quinta-feira (19) cinco pessoas apontadas como integrantes de uma quadrilha responsável por roubar cerca de R$ 11 milhões de uma mulher de 88 anos que era aposentada da Justiça Federal. As informações são do G1. Segundo a polícia, a idosa era constantemente dopada com o medicamento clonazepam (comumente administrado por criminosos no golpe conhecido “Boa noite, Cinderela”) para autorizar saques e assinar cheques e documentos aprovando venda de imóveis (incluindo quatro apartamentos), além da aquisição de bens como carros de luxo. Caixas do medicamento – que é usado no tratamento de ansiedade, convulsão e epilepsia – foram encontradas no quarto da vítima, que teve o patrimônio dilapidado. De acordo com as investigações, a quadrilha começou a atuar em 2018, quando um dos integrantes foi contratado como pedreiro e depois se tornou o motorista da vítima. Bruno de Lima Reis seria o chefe da organização criminosa e o responsável por apresentar os demais envolvidos à idosa, que os contratou como funcionários. As suspeitas começaram quando uma sobrinha da idosa recebeu uma ligação anônima, em fevereiro deste ano, afirmando que a tia estava sendo vítima de maus-tratos e que os bens dela estavam sendo roubados. A mulher, então, acionou a 110ª DP. Segundo a polícia, a aposentada tem um quadro de transtorno mental causado, possivelmente, por uso excessivo do medicamento. A idosa está sob cuidados de familiares, no Rio.
Uma pesquisa realizada pela XP/Ipespe, divulgada nesta terça-feira (17), indica o crescimento contínuo das intenções de voto no ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições presidenciais de 2022. De acordo com o levantamento, no primeiro cenário, o líder petista marcou 40% das intenções de voto no 1º turno, enquanto Jair Bolsonaro obteve 24%. Trata-se da quinta pesquisa em que Lula manifesta a tendência de alta – em março, ele registrava 25%. Já Bolsonaro, dentro da margem de erro, oscilou dois pontos para baixo. Em março, o mandatário marcou 26% das intenções. Na sequência aparecem Ciro Gomes, do PDT (10%), Sergio Moro (9%), Luiz Henrique Mandetta, do DEM (4%), e Eduardo Leite, do PSDB (4%). No principal cenário de segundo turno, Lula amplia a vantagem sobre Bolsonaro. O ex-presidente registra 51%, ante 32% do atual presidente. Na rodada anterior, a vantagem era de 49% a 35%. Lula venceria ainda qualquer outro adversário no segundo turno: contra Moro, ganharia por 49% a 34%; contra Ciro, por 49% a 31%; e contra Eduardo Leite, por 51% a 27%. Ciro Gomes também derrotaria Bolsonaro no 2º turno (44% a 32%). Sergio Moro (36% a 30%), João Doria (37% a 35%), Mandetta (38% a 34%) e Eduardo Leite (35% a 33%) aparecem numericamente à frente de Bolsonaro, mas em empate técnico, com base na margem de erro. A pesquisa XP/Ipespe entrevistou mil pessoas em todo o país entre os dias 11 a 14 de agosto e tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.