O cantor Wagner Barreto foi o grande campeão da primeira temporada do programa The Voice Kids, da Globo. O jovem fez parte do time da dupla Victor e Léo e encantou 66% do público com suas apresentações de música sertaneja. Wagner competia com as cantoras Rafa Gomes, do time de Carlinhos Brown, e Pérola Crepaldi, a eleita por Ivete Sangalo. O vencedor desta temporada tem 15 anos e veio da comunidade de Ilha Floresta, no Paraná.
Depois de ser obrigado a paralisar obras de pavimentação e duplicação de estradas em todo o País por causa da falta de recursos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) se vê agora sem condições de cumprir sua missão básica: garantir a manutenção das rodovias que já existem. O estrangulamento financeiro do órgão abriu um rombo de R$ 1,2 bilhão na verba anual necessária para executar os serviços de reparo e conservação das estradas. Trata-se de um terço do dinheiro usado para cobrir os 55 mil quilômetros da malha federal. Sem esse recurso, o Dnit só tem condições de pagar a manutenção das rodovias até agosto. Depois disso, será obrigado a paralisar os serviços. O esvaziamento da autarquia que sempre ostentou um dos maiores caixas do orçamento federal decorre não apenas do aperto nas contas públicas neste ano, mas também do pagamento de dívidas que o órgão acumulou de anos anteriores. Em 2016, o Dnit recebeu autorização para gastar R$ 6,5 bilhões, mesmo volume que teve no ano passado e praticamente metade do que chegou a contar entre os anos de 2010 e 2014. Ocorre que mais de 40% do dinheiro que entrou neste ano foi usado para pagar contas antigas, dando fim a uma pilha de centenas de contratos que já armazenavam cerca de três meses de atraso. Para zerar esse passivo, o Dnit desembolsou R$ 2,7 bilhões do que recebeu. “Hoje não temos mais nenhum dos nossos mil contratos, tudo foi quitado, mas essa situação de fato limitou nossa capacidade de execução de outros serviços”, diz o diretor-geral do Dnit, Valter Silveira. As informações são do Estadão.
As planilhas da Odebrecht apreendidas pela Operação Lava Jato (veja aqui) indicam que distribuidoras de cerveja podem ter sido usadas pelo grupo na tentativa de mascarar doações eleitorais a políticos no valor de mais de R$ 30 milhões. Desde a revelação dos documentos, na última quarta-feira (23), políticos citados como beneficiários têm negado que os recursos foram repassados de forma irregular. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, alguns justificaram as doações com recibos oficiais em nome das empresas Leyroz de Caxias ou Praiamar. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), são exemplos de políticos que agiram dessa forma. As duas empresas pertencem ao grupo Petrópolis, fabricante das cervejas Itaipava e Cristal. Nas planilhas, a palavra "Itaipava" está escrita à mão ao lado de uma doação de R$ 500 mil para Luís Fernando Pezão (PMDB), atual governador do Rio de Janeiro. A mesma doação está relacionada a um "Parceiro IT" (sic), assim como valores significativos em outros trechos do documento. Em uma das planilhas, referentes à campanha eleitoral de 2012, o trecho ligado ao "parceiro IT" chega a R$ 5,8 milhões. Em outra citação, sem data definida, doações de R$ 30 milhões a 13 partidos, como PT, PMDB e PSDB, são atribuídas ao "parceiro". Empresas ligadas à cervejaria Itaipava são algumas das principais doadoras de campanhas em 2010, 2012 e 2014. De acordo com a Receita Federal, tanto a Praiamar quanto a Leyroz de Caxias são controladas por Roberto Luís Ramos Fontes Lopes. O empresário foi processado em 2013 por fraude tributária.
O juiz federal Sérgio Moro não teria divulgado todos os áudios obtidos em grampos feitos nos telefones do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O magistrado terá que explicar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, porque derrubou o sigilo do inquérito e permitiu o acesso às gravações feitas pela Polícia Federal. De acordo com a coluna Expresso, da revista Época, na justificativa que apresentará, Moro dirá que selecionou apenas as ligações relacionadas ao esforço do governo em obstruir o trabalho da Justiça ou à ocultação de patrimônio – seja do triplex no Guarujá ou do sítio de Atibaia. Ele teria deixado de fora “áudios constrangedores de Lula com aliados políticos”.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que entrou com recurso contra a decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a nomeação de Lula para chefiar a Casa Civil. De acordo com a defesa, os recursos foram protocolados na quinta-feira (24). A liminar de Mendes foi concedida semana passada e atendeu pedidos do PPS e do PSDB. Na decisão, Gilmar Mendes disse que a nomeação de Lula para o cargo de ministro teve por objetivo retirar a competência do juiz federal Sérgio Moro (responsável pelas investigações da Lava Jato em primeira instância) para investigá-lo. lém da suspensão da posse, o ministro do STF decidiu também que os processos que envolvem Lula na Operação Lava Jato deveriam ficar sob a relatoria do juiz. Na terça-feira (22), o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, determinou que Moro enviasse imediatamente ao tribunal todas as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A zika não chegou ao Brasil na Copa do Mundo de 2014, nem em uma competição de canoagem realizada no Rio de Janeiro em agosto daquele ano, como se pensava. O vírus veio de avião e desembarcou em solo brasileiro em algum momento entre maio e dezembro de 2013 - possivelmente durante a Copa das Confederações -, segundo um novo estudo publicado na quinta-feira (24) na revista Science. Para chegar a essa conclusão, um grupo de cientistas do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra comparou sete sequenciamentos do genoma do vírus circulante no Brasil, a partir de amostras de diferentes perfis. A comunidade científica internacional organizou uma força-tarefa para obter o maior número possível de sequenciamentos do genoma vírus zika a partir de amostras variadas. A nova pesquisa é o primeiro resultado desse esforço coletivo global. O grupo, liderado pelo virologista Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, analisou amostras coletadas, em diferentes Estados, de pacientes com diferentes quadros clínicos de zika: quatro pacientes que foram infectados sem maiores consequências, um paciente que recebeu sangue contaminado em uma transfusão, um caso de morte de um paciente com lupus e um bebê que nasceu com microcefalia e malformações congênitas. As informações são do Estadão.
A presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu apostar nos cargos de primeiro e segundo escalões como oferta para atrair o apoio das alas partidárias que ainda resistem em aderir ao desembarque. Na quinta-feira (24), ela intensificou o contato com os parlamentares e os líderes partidários e intensificou as negociações com aliados para ouvir suas demandas. O principal foco das investidas palacianas é o PMDB, que detém a maior bancada nas duas Casas e tem ensaiado o desembarque do governo. O afastamento por parte dos peemedebistas é considerado como “tiro de misericórdia” no governo, uma vez que também deverá servir de fio condutor para outros partidos da base aliada tomarem o mesmo rumo. A estratégia é atrair os ministros da legenda para próximo do governo com o objetivo de demonstrar que uma possível decisão pela debandada do PMDB até pode ser aprovada, mas não será unânime e também poderá vir a não ser cumprida pelos correligionários. Na quinta-feira, ela deu os primeiros recados do plano. “Nós queremos muito que o PMDB permaneça no governo. Tenho certeza de que meus ministros têm compromisso com o governo. Vamos ver quais serão as decisões do PMDB e respeitaremos tal decisão”, afirmou a petista.
Uma família de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, passou pela dor da perda de um parente duas vezes. Júlio de Araújo Esteves, de 78 anos, estava internado há 15 dias no Hospital das Clínicas de Côrreas (HCC) e foi dado como morto, por engano. De acordo com o G1, os parentes chegaram a providenciar velório e enterro, levando até o terno usado no casamento de Júlio, mas quando abriram o caixão, não era ele. Júlio ainda estava vivo e internado no HCC, mas morreu nove dias depois do primeiro susto da família. O caso foi registrado na 105ª Delegacia de Polícia da cidade. Segundo informações da família de Júlio, o idoso estava internado com arritmia cardíaca e pneumonia. O comunicado da “falsa morte” foi feito no dia 2 deste mês. Parentes que moram em Minas Gerais foram avisados e se deslocaram até Petrópolis para acompanhar o funeral. “Parecia coisa de filme, de novela mexicana, contando ninguém acredita”, disse Sérgio Luiz Esteves, filho de Júlio, contando que sentiu tristeza pela morte e alívio por ter sido um engano. A família revelou que pretende acionar judicialmente o Hospital das Clínicas de Côrreas pedindo o ressarcimento do valor gasto com as passagens dos parente que vieram de Minas Gerais. No entanto, a diretoria da unidade de saúde afirmou, por telefone, que não vai se pronunciar sobre o caso.
Os primeiros testes com a fosfoetanolamina sintética, substância utilizada na pílula do câncer, mostraram que o conteúdo das cápsulas não é puro e que ela não tem eficácia contra células cancerígenas. A conclusão é de grupo de pesquisadores instituído pelo governo, em uma iniciativa coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério da Saúde. Os pesquisadores concluíram que a fosfoetanolamina apresentou quatro substâncias diferentes. A eficácia da substância foi testada apenas em culturas de células, os chamos testes in vitro. “No início, acreditávamos que havia apenas um componente na cápsula, que era a fosfoetanolamina pura, segundo o grupo da [Universidade de São Paulo do campus de São Carlos] afirmou. Quando realizamos as análises dos componentes da cápsula, percebemos que tem cinco componentes lá dentro”, disse Luiz Carlos Dias à Agência Brasil, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que participou da pesquisa na fase de caracterização e síntese dos componentes da pílula. A quantidade encontrada de fosfoetanolamina era de somente 32,2%, o restante incluía monoetanolamente, fosfobisetanolamente, fosfatos e pirofosfatos. “Essa fosfoetanolamina é impura, esses outros quatro componentes não deveriam estar dentro da cápsula”, disse o professor. O grupo de Dias foi responsável por isolar e caracterizar cada um dos componentes para que estes pudessem ser testados separadamente em células tumorais.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o plenário da Câmara aprovou projetos de interesse da bancada feminina. Um dos projetos aprovados nesta quinta-feira (24) define o crime de descumprimento de medidas protetivas previstas na lei Maria da Penha, como o afastamento do agressor, a proibição de se aproximar da vítima e a obrigação de pagamento de pensão alimentícia. A pena prevista para o crime é de detenção de três meses a dois anos. Para a relatora, deputada Josi Nunes, do PMDB de Tocantins, a proposta contribui para combater práticas de uma sociedade machista. A proposta segue para o Senado. Os deputados também aprovaram projeto que proíbe as empresas privadas e os órgãos públicos de fazer revista íntima de suas funcionárias e de clientes do sexo feminino. Quem descumprir deverá pagar multa de 20 mil reais, que será revertida a órgãos de proteção dos direitos da mulher. A multa dobra no caso de reincidência. O texto prevê, ainda, que as revistas nas prisões deverão ser feitas unicamente por mulheres. O texto já vai à sanção presidencial. O plenário também aprovou projeto que segue ao Senado e estabelece que a cirurgia plástica reparadora para o câncer de mama abrangerá as duas mamas. Por fim, foi aprovada também proposta que institui o ano de 2016 como o Ano do Empoderamento da Mulher na Política e no Esporte, que vai à sanção.
A taxa de desocupação no país, no trimestre encerrado em janeiro deste ano, contabilizado desde novembro do ano passado, ficou em 9,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - essa foi a maior taxa de desemprego registrada desde o início da pesquisa em 2012. De acordo com o IBGE, no trimestre encerrado em janeiro, a população desocupada era de 9,6 milhões de pessoas, um crescimento de 6% (mais 545 mil pessoas) em relação ao trimestre de agosto a outubro do ano passado. Quando comparado a igual trimestre de 2015, a população desocupada chegou a crescer 42,3%, refletindo um contingente de 2,9 milhões de pessoas desempregadas a mais. No trimestre anterior, equivalente ao período de agosto a outubro de 2015, a taxa de desocupação registrada foi 9%. A taxa de desocupação do trimestre encerrado em janeiro de 2015 ficou em 6,8%.
A matéria de capa da revista Veja desta semana diz ter descoberto um “plano secreto” do ex-presidente Lula, em caso de prisão. Segundo a publicação, Lula estaria pensando em exilar na Itália. O plano prevê que Lula pediria asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, depois de negociar uma espécie de salvo-conduto no Congresso, que lhe daria permissão para deslocar-se da embaixada até o aeroporto sem ser detido - e, do aeroporto, voaria para o país do asilo. A publicação diz narrar nas suas páginas o roteiro do plano.
De acordo com ranking divulgado pela revista americana Fortune, o juiz federal Sérgio Moro, que se destacou no comando da Operação Lava Jato, é o 13º líder mais importante do mundo. Moro é o único brasileiro na lista de 50 nomes divulgada nessa quinta-feira (24). O juiz aparece logo à frente de Bono Vox, vocalista da banda U2. No topo da lista, Jeff Bezos, fundador da Amazon. Em seguida, aparece Angela Merkel.
Em discurso de mais de uma hora a sindicalistas de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pretende ajudar a presidenta Dilma Rousseff (PT) em seu governo, mesmo sem ser ministro, que é preciso defender a democracia no país e evitar o que ele chamou de golpe contra o atual governo. “Nem que seja a última coisa que eu faça na vida, vou ajudar a Dilma a governar esse país com a decência que o povo merece”, disse o ex-presidente em evento organizado pelas centrais sindicais na Casa de Portugal. O evento, segundo as entidades, foi convocado para defender “a democracia e o Estado de Direito” e contra o processo de impeachment da presidenta Dilma. Durante o discurso, o ex-presidente também disse que a questão econômica será resolvida, mas que é preciso lutar o mais rápido possível contra o que ele chamou de golpe contra o governo Dilma. “É golpe. Não tem outra palavra. Esse país não pode aceitar o golpe. A economia a gente resolve amanhã, mas evitar o golpe é hoje”. Segundo ele, a crise que o país enfrenta hoje será resolvida com a ajuda do povo. “Este país é tão extraordinário, com povo tão extraordinário que quem pode ajudar a resolver a crise desse país é o povo”. O ex-presidente defendeu Dilma e disse que não há razões que justifiquem o impeachment da presidenta. “Não existe nenhuma razão para o impeachment. Se juntarem 800 juristas verão que não há nenhuma razão, nenhum fato”. Para Lula, as pessoas estão sendo condenadas “pelas manchetes de jornais antes de serem julgadas”.
Um dia depois de fazer um contingenciamento (bloqueio de verbas) adicional de R$ 21,2 bilhões no Orçamento, a equipe econômica quer reduzir a meta fiscal para 2016. Até segunda-feira (28), o governo enviará ao Congresso projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e permitir que a União possa fechar o ano com déficit primário de R$ 96,7 bilhões. O novo déficit é R$ 36,45 bilhões maior que o anunciado em fevereiro, quando o governo tinha anunciado que o governo pediria autorização para encerrar o ano com déficit de R$ 60,2 bilhões. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. Ao explicar a medida, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que a queda de arrecadação decorrente do desempenho da economia justificou a revisão da meta. “Para que o governo ajude a economia a se estabilizar e fazer com que o emprego e a renda se recuperem mais rapidamente, estamos propondo uma nova meta fiscal. Tomamos a decisão depois de verificar a evolução de despesas no primeiro trimestre e de promover conversas dentro do governo e com parlamentares”, explicou.
300 manifestantes se reuniram no início da noite de ontem (23) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) e criticar o ministro Teori Zavascki, que proferiu decisão para paralisar as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estavam nas mãos do juiz federal Sérgio Moro. De acordo com a Agência Brasil, além de levarem faixas, bandeiras do Brasil e buzinas para defender Moro e a saída da presidenta, os manifestantes fizeram um caixão para simbolizar o enterro do STF, do PT e de Zavascki. A manifestação ocorreu de forma pacífica, mas foi acompanhada pelo batalhão de choque da Polícia Militar.
O senador Walter Pinheiro evita comentar sobre a possível desfiliação ao PT, embora nos bastidores da política em Brasília e na Bahia a saída é dada como certa. Dois destinos possíveis, são apontados: PSD e PDT. Em meio à crise política e econômica que o país atravessa, Pinheiro subiu à tribuna do Senado na última terça-feira (22) e fez um desabafo com diversas declarações. De acordo com o Bocão News, em tom de indignação, Pinheiro relaciona o Governo Federal com uma “capa de chuva, onde a água bate e escorre”. “Saí de Salvador e vim para cá me encontrar com o senador Renan na boca do Natal, com a certeza de que chegaria de manhã e voltaria à tarde. Naquele dia, elaboramos, mais uma vez, uma série de propostas. Mas a capa de chuva do outro lado da rua, a impermeável capa de chuva, em que tudo bate e escorre, sequer deu ouvidos a uma Comissão de Pacto Federativo, a uma Comissão de Agenda Brasil”, afirmou.
O senador afirmou ainda que desde as manifestações de junho de 2013 existem propostas e alertas para que o governo reativasse o contato com as ruas. “Nós ganhamos tempo, porque provamos ao governo que o caminho estava errado, que o governo deveria abrir cada vez mais os seus ouvidos para tentar dialogar e escutar as vozes das ruas. Dissemos isso em junho de 2013. E repetimos essa mesma coisa no dia 15 de março de 2015, que era necessário tentarmos entender o clamor das ruas por mudanças, e fizemos a nossa parte”. Pinheiro negou que tenha criticado o PT, como diversos partidários o acusam constantemente.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentou recurso na quarta-feira (23) contra decisão do ministro Gilmar Mendes, da semana passada, que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. O recurso pede que o próprio Gilmar Mendes conceda efeito suspensivo à sua decisão e que depois o caso seja levado ao plenário do Supremo. A peça não aborda decisão do ministro Teori Zavascki, que determinou o envio ao STF das investigações sobre o ex-presidente por conta de gravações envolvendo outras autoridades. O recurso também nega que o objetivo da nomeação tenha sido livrar o ex-presidente das investigações da Operação Lava Jato. Na decisão, Mendes apontou que o ato buscou tirar o caso do juiz Sérgio Moro, da primeira instância, e levá-lo ao STF, o que poderia configurar “desvio de finalidade” por parte da presidente. Sobre o argumento de que a decisão poderia aliviar as investigações contra Lula, a AGU diz que trata-se de premissa “inteiramente equivocada”.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), uma das estratégias para vencer a fome é o investimento na agricultura familiar. Marcelo Piccin, diretor da Secretaria Nacional de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, disse que a relação da agricultura familiar com a segurança alimentar é muito importante. Ele destacou que o Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014 com o apoio das políticas de fortalecimento da agricultura familiar. O diretor citou que outros países buscam estratégias semelhantes fortalecendo a agricultura familiar, a agricultura que abastece as cidades e chega à mesa da população. O diretor esclareceu ainda que fortalecer a agricultura familiar, a agricultura camponesa e tradicional, é uma estratégia importante para conseguir promover a segurança e a soberania alimentar de um povo. “Nós temos uma agricultura familiar que os dados que são apontados pelo IBGE do último Censo Agropecuário apontam que em torno de 70% dos alimentos são produzidos pela agricultura familiar brasileira e mais de 80% dos agricultores são agricultores familiares”, afirmou o diretor à Agência Brasil. Marcelo Piccin diz que a mandioca, por exemplo, tem mais de 80% da sua origem na agricultura familiar e metade de todo o leite consumido no Brasil vem da produção familiar.
Documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a operação Acarajé listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. Segundo informações do Blog do Fernando Rodrigues, é o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela. O arquivo foi revelado nesta terça-feira (22) pela força-tarefa a Operação Lava Jato. As planilhas estavam em poder de Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no meio empresarial como “BJ”. As planilhas são detalhadas, mas não podem ainda ser consideradas como provas de que os valores são resultantes de caixa 2. Entre os nomes citados, três deputados federais votados em Brumado e dois ex-governadores estão na lista: Daniel Almeida (PCdoB, com codinome de “Comuna”), Arthur Maia (PPS, com codinome de “Tuca”), José Carlos Aleluia (DEM), Paulo Souto (DEM), Jaques Wagner (PT, com codinome de “Passivo”). (Clique aqui e veja a reportagem completa).
O Brasil fechou 104.582 vagas formais de emprego em fevereiro, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social - este é o pior resultado para o mês desde 1992, quando começou a série histórica. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) são fruto de 1.276.620 admissões e 1.381.202 demissões no período. O resultado foi muito inferior ao registrado em fevereiro do ano passado, quando foram fechadas 2.415 vagas pela série sem ajuste. No acumulado dos últimos 12 meses, o país fechou 1.706.695 vagas, com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. No primeiro bimestre do ano, o saldo de postos fechados é de 204.912, também com ajuste. O resultado divulgado ficou fora das expectativas do mercado para o mês passado.
Após o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar na noite desta terça-feira (22) que o juiz federal Sérgio Moro envie para o STF as investigações da Operação Lava Jato que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um grupo de manifestantes deixou uma faixa em frente ao prédio onde vive o ministro em Porto Alegre. “Deixa o Moro trabalhar”, dizia a faixa criticando a decisão de Zavascki e, ao mesmo tempo, apoiando o trabalho do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, onde são conduzidas as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com o G1, a mensagem foi retirada do local durante a manhã desta quarta-feira (23). Com a decisão do ministro, as investigações sobre Lula saem da alçada de Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal.
O presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, aceitou firmar acordo de delação premiada com os investigadores da Operação Lava Jato. A informação foi divulgada pela própria empresa, em nota enviada à imprensa na noite da última terça-feira (22). No texto, a construtora informa que, após “avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos”, decidiu firmar o acordo de delação. Além de Marcelo, todos os outros executivos da empresa devem firmar acordos de delação. A Odebrecht lembra ainda que já há em curso um acordo de leniência com a Controladoria Geral da União. “Esperamos que os esclarecimentos da colaboração contribuam significativamente com a Justiça brasileira e com a construção de um Brasil melhor”, defende a empresa. “Apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na Operação Lava Jato – que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país – seguimos acreditando no Brasil”, completa o texto.
A determinação de Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo, não derruba decisão da última sexta (18), do ministro Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil. Mas inviabiliza outra ordem de Gilmar Mendes que, na mesma decisão, havia determinado que as investigações sobre Lula ficariam com Moro. Na decisão, o ministro Zavascki atende a um pedido do governo, que apontou ilegalidade na divulgação, autorizada por Moro, de conversas telefônicas interceptadas por ordem judicial, entre Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) e ministros. De acordo com o G1, depois que Moro enviar a documentação sobre as investigações, o material remetido à Procuradoria Geral da República (PGR), que vai analisar se houve crime de Dilma e de outras autoridades. Caberá ao STF posteriormente analisar o que ficará sob investigação da Corte e o que poderá ser reencaminhado para a primeira instância. Na prática, como os áudios das escutas já foram divulgados, se o Supremo considerar que Moro agiu de modo indevido, o conteúdo poderá ser desconsiderado como prova.
A presidenta Dilma Rousseff (PT) fez um discurso incisivo contra o que chamou de golpe em curso no Brasil. Ela repetiu que não vai renunciar e afirmou que não cometeu nenhum crime previsto na Constituição e nas leis. De acordo com a Agência Brasil, ao citar o processo de impeachment em tramitação na Câmara dos Deputados, Dilma disse que não há “crime de responsabilidade” e que, na ausência de provas, o afastamento de um presidente da República se torna, “ele próprio, um crime contra a democracia”. Citando a ditadura militar como um processo do qual foi “vítima”, a presidenta declarou que vai lutar “para, em plena democracia, não ser vítima de novo”. “Não cabem meias palavras nesse caso. O que está em curso é um golpe contra democracia. Eu jamais renunciarei. Aqueles que pedem minha renúncia mostram fragilidade na sua convicção sobre o processo de impeachment, porque, sobretudo, tentam ocultar justamente esse golpe contra a democracia, e eu não compactuarei com isso. Por isso, não renuncio em hipótese alguma”, afirmou. Após ouvir manifestações de juristas contrários ao seu impeachment, a presidenta disse que jamais imaginaria voltar ao momento do passado em que Leonel Brizola liderou movimentos pela legalidade no país. Ela afirmou estar se dirigindo a eles com a “segurança de ter atuado desde o início” do seu mandato para combater de forma “enérgica e continuada a corrupção que sempre afligiu o Brasil”.