Após a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conta com apoio de partidos como o PP, PR e PSD e de parte da oposição para arquivar o processo no Conselho de Ética e salvar seu mandato. Aliados de Cunha garantem já ter maioria para salvá-lo. Um dos sinais de que Cunha poderá receber uma espécie de anistia foi o grande número de deputados que rebatiam as falas contra Cunha durante a votação no domingo (17). Além disso, o presidente da Câmara é próximo de possíveis candidatos à presidência da Casa em 2017. Presidido pelo deputado José Carlos Araújo (PR-BA), o Conselho de Ética tem até dia 19 de maio para concluir a instrução e até 2 de junho para votar o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO).
Dos 513 deputados federais inscritos para a votação que decidiu sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), 298 respondem a processos na Justiça. O número representa o total de 58,09% dos parlamentares que compõem a Câmara dos Deputados. Os dados foram levantados pelo Portal EBC na plataforma do Projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil. Dentre os parlamentares que se posicionaram favoravelmente ao prosseguimento do processo de impeachment, 58% possuem algum questionamento jurídico. Já entre os que votaram a favor do governo, 54% respondem ou já foram condenados em algum processo. Entre deputados ausentes ou que se abstiveram de votar, 100% têm pendências judiciais. Os processos estão em diversas instâncias e vão desde crimes eleitorais até processos de má gestão do dinheiro público e corrupção. O deputado recordista em termos de números de processos, de acordo com a Transparência Brasil, é membro da Mesa Diretora da Câmara. Beto Mansur (PRB-SP), 1ª Secretário da equipe presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem 45 processos na Justiça.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu que a presidente Dilma Rousseff (PT) dificilmente voltará ao Palácio do Planalto caso o Senado aprove a abertura do processo de impeachment. A avaliação foi feita durante reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, e representantes de movimentos de esquerda. Lula também avaliou como remotas as chances de impedir o prosseguimento do processo no Senado. É necessária a maioria simples para que o processo de impeachment tenha prosseguimento no Senado. A votação deve ocorrer no início de maio. Em um prazo de até 180 dias, os senadores têm que decidir sobre o mérito do pedido de impeachment, cuja aprovação requer dois terços da Casa. Em reunião realizada no Instituto Lula, o ex-presidente admitiu a dificuldade de Dilma reassumir a Presidência depois que Temer ocupar a cadeira e conquistar o poder de negociação com os senadores. Na manhã desta terça (19), Lula participará de reunião do diretório nacional do PT para avaliação do cenário.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou nesta segunda-feira (18) que as operadoras de internet banda larga suspendam a cobrança adicional ou que cortem o acesso dos consumidores após o fim da franquia. A medida cautelar foi direcionada às empresas que pertencem aos grupos da Vivo, que comprou a GVT, Claro e Oi, sob multa diária de R$ 150 mil, até o limite de R$ 10 milhões, caso seja descumprida a decisão. As companhias só poderão realizar a restrição de acesso ou cobrança a mais por franquia se cumprirem algumas exigências da agência. Entre elas, está permitir aos consumidores acompanhar o consumo de dados e deixar claro em seus anúncios a existência dos limites. A Anatel afirmou que a decisão sobre uso excessivo de dados só pode ser aplicada 90 dias após ser informada pelas operadoras do cumprimento das exigências. Nas redes sociais, usuários de internet banda larga se mobilizaram contra a cobrança adicional. Um abaixo-assinado na internet reuniu mais de 1 milhão de assinaturas. Ameaças de boicote às operadoras foram compartilhadas nas redes sociais.
Com a aprovação na Câmara pela continuidade do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), a próxima etapa agora é que o processo seja encaminhado ao Senado. De acordo com o Estadão, pelo menos 41 parlamentares da Casa devem referendar a decisão tomada pelos deputados para a petista ser afastada e ter início o processo de julgamento do crime de responsabilidade. No levantamento feito pelo Estadão mostra que já há 44 senadores favoráveis à abertura do processo por crime de responsabilidade e 21 que se declararam contrários. Seis parlamentares se disseram indecisos e 10 não quiseram responder.
A presidente Dilma Rousseff (PT) reiterou várias vezes, durante pronunciamento na última segunda-feira (18) no Palácio do Planalto, que se sente injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados sobre o prosseguimento do processo de impeachment ao qual responde. Por 367 votos a 137, os deputados aprovaram neste domingo (17) autorizar a abertura do processo no Senado, instância responsável por julgar se a presidente cometeu crime de responsabilidade. De acordo com o G1, Dilma afirmou que se sente injustiçada, entre outras razões, porque a sessão da Câmara foi presidida por alguém que é acusado de ter contas ilegalmente no exterior, em referência ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Também me sinto injustiçada por não permitirem nos últimos 15 meses que eu tenha governado num clima de estabilidade política”, declarou. De acordo com a presidente, a injustiça também é praticada porque, segundo afirmou, não cometeu crime de responsabilidade e devido a um suposto tratamento diferenciado. “Não há crime de responsabilidade. Os atos pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes da República antes de mim e não foram caracterizados como atos ilegais ou criminosos”, declarou. Ela destacou, porém, que não se sente desanimada e que não vai se abater nem se deixar paralisar. “Tenho ânimo, força e coragem para enfrentar – apesar de, com sentimento de muita tristeza – essa injustiça”, disse a presidente.
De forma reservada, o grupo mais próximo da presidente Dilma Rousseff (PT) já admite que ela foi a principal culpada pela expressiva derrota na noite de domingo (17) na abertura do processo de impeachment. Esse sentimento também é compartilhado pelo grupo mais próximo do ex-presidente Lula. Há o reconhecimento de que o descaso com a articulação política por parte da própria Dilma nos últimos cinco anos teria sido a causa de muitos votos favoráveis ao impedimento da presidente. “Foi um erro ter deixado a política em segundo plano durante tanto tempo”, disse um auxiliar próximo de Dilma ao Blog do Camarotti. “Quando a gente acordou para resolver a falta de interlocução com a política, já era tarde demais”, concluiu. A crítica é ainda mais dura por parte dos lulistas, que atribuem a Dilma boa parte da erosão da herança política deixada pelo ex-presidente. A avaliação é que muitos aliados deram o troco pelo tratamento recebido do Palácio do Planalto até recentemente. Internamente, o governo já admitia que o cenário já estava tão deteriorado do ponto de vista político que não havia mais governabilidade junto ao Congresso Nacional, tamanha a fragilidade política de Dilma.
A Polícia Federal prendeu o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz, durante a manhã desta segunda-feira (18). A Justiça também expediu mandado de prisão contra a secretária de Saúde da cidade mineira, Ana Paula Nascimento. A polícia apura um esquema de fraudes no sistema de saúde do município. Segundo o G1, investigações apontam que os acusados prejudicavam o funcionamento do Hospital Universitário Clemente Faria, Santa Casa, Aroldo Tourinho e Dilson Goldinho, para beneficiar Hospital das Clínicas Mario Ribeiro da Silveira, que segundo a PF, pertence ao prefeito e a seus familiares. Neste domingo (17), a deputada federal e esposa de Ruy Adriano, Raquel Muniz, citou o marido durante seu voto a favor do impeachment. "O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão", falou a parlamentar.
Menos da metade dos manifestantes que foram à Avenida Paulista, em São Paulo, defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) estão esperançosos ou otimistas com o eventual governo Temer. O dado foi obtido em pesquisa de opinião realizada pela startup Lean Survey a pedido da Veja. Somadas as participações dos que se disseram otimistas ou esperançosos com Temer, substituto legal de Dilma em caso de impeachment, obtém-se 44,5% do total de entrevistados. Os demais dizem que os sentimentos que mais os definem são medo, indiferença, apreensão, pessimismo e tristeza, totalizando 48,4%. Apesar da incerteza, 70% dos entrevistados afirmaram que o eventual governo Temer, cada vez mais provável, será melhor do que o de Dilma. Só 3,6% acham que o peemedebista terá desempenho ainda pior. Para a pesquisa, a empresa Lean Survey entrevistou 466 pessoas na manifestação da Avenida Paulista de domingo. A margem de erro é de 4,6 pontos porcentuais, para cima ou para baixo.
Um grupo de seis senadores vai propor hoje eleições antecipadas para presidente e vice-presidente do Brasil. A ideia é aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) no Congresso para que a escolha ocorra em outubro, juntamente com o pleito para definir os novos prefeitos e vereadores. A iniciativa parte de Randolfe Rodrigues (Rede), João Capiberibe (PSB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Walter Pinheiro (ex-PT-BA, agora sem partido). Os quatro primeiros já se manifestaram contra a abertura do impeachment no Senado, que implicaria o afastamento de Dilma por 180 dias, enquanto Cristovam Buarque é a favor e Pinheiro não se posicionou. A partir de hoje, o PT e seus aliados, incluindo parte dos movimentos sociais, devem iniciar uma investida para desgastar politicamente Temer e seu grupo, que enfrentariam, nessa perspectiva, forte oposição em um eventual governo. O PT debate a possibilidade de coletar assinaturas em uma campanha nacional pela tramitação da PEC eleitoral. A estratégia, chamada de "contragolpe", é conseguir amplo apoio popular à proposta, pressionando o Congresso a votá-la. Pesquisas de opinião mostram que a rejeição a Temer é tão grande quanto a de Dilma, o que, em tese, ajudaria o movimento a crescer.
Quinze horas antes de a oposição obter o 342º voto em favor do prosseguimento do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) seguiu a sua rotina normal. Ela assistiu a votação na biblioteca do Palácio do Planalto, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro Jaques Wagner divulgou uma nota considerando a decisão um retrocesso e disse que espera “justiça”. Em tom de lamento, o ministro afirmou que a decisão “ameaça interromper 30 anos de democracia no país” e insinuou que espera uma atenção maior do Senado, uma vez que a decisão em relação às pedaladas fiscais pode abrir brechas para ter efeito também sobre governadores. O petista disse ainda que os deputados federais “fecharam os olhos” às melhorias dos últimos doze anos, período em que o PT está à frente do Palácio do Planalto. “Confiamos nos senadores e esperamos que seja dada maior possibilidade para que a presidente apresente sua defesa e que lhe seja aplicada justiça. Acreditamos que o Senado possa observar com mais nitidez as acusações contra a presidenta”, disse, criticando a falta de argumentos e de sustentação jurídica no pedido aprovado. De acordo com a revista Época, a presidente convocou uma reunião emergencial com ministros e parlamentares da base aliada para definir a estratégia para os próximos dias. Em entrevista coletiva, depois do resultado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que a presidente estava tranquila, mas que não iria desistir da luta. Segundo ele, Dilma tem uma trajetória de “causas” e que não aceitaria entrar na história como alguém que desiste da batalha.
O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) deve defender na próxima terça-feira (19) que a presidente Dilma Rousseff envie ao Congresso uma proposta de redução do seu próprio mandato e de convocação de novas eleições presidenciais junto às disputas municipais deste ano. Segundo a jornalista Mônica Bergamo, o mesmo projeto estabeleceria que seu sucessor tenha um mandato de seis anos, sem reeleição. Se aprovada pelo partido, a proposta pode ser levada oficialmente à presidente nos próximos dias. A proposta conta com apoio de parlamentares petistas e ministros. Além disso, outras legendas, que já foram informadas da ideia, podem aderir ao projeto.
No fim de março, correu a história de que um voto contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff custaria R$ 1 milhão. Já a abstenção à votação do último domingo (17) poderia custar R$ 400 mil. O deputado Nílson Leitão (PSDB-MT) afirmou que recebeu “informações de que deputados foram assediados”. De acordo com o R7, o assédio, segundo o tucano, teria como canal o pagamento de recursos em troca do voto “não”. De acordo com o parlamentar, fala-se nos bastidores que o voto poderia custar até R$ 2 milhões, pagos em parcelas, e liberados na forma de emendas parlamentares. “Tem gente dizendo que os deputados podem receber R$ 500 mil de entrada e R$ 1,5 milhão se votar. Pode haver de tudo. O fato principal é que o PT está agindo e tomando iniciativas e atitudes que a República e a Legislação duvidariam. Mas, pelo modus operandi e o histórico do PT, isso ninguém duvida”, disse o deputado.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou na madrugada desta segunda-feira (18) que, apesar de a Câmara ter autorizado o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a petista não pretende renunciar ao mandato nem “fraquejar”. Na noite de domingo, os deputados federais aprovaram por 367 a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausências a continuidade do processo de afastamento de Dilma da Presidência. O caso será, agora, analisado pelo Senado. “Eu ouvi indagarem: ela [Dilma] vai renunciar? Ela vai de alguma forma fraquejar? Não. Uma pessoa que acredita em causas que luta por causa vai até o fim desta luta para escrever na história que ela não se acovardou e que brigou pelo que acredita. Se ela é vítima hoje de uma ação orquestrada, cabe a ela lutar com suas forças para demonstrar à sociedade que não se abre mão da democracia que foi tão duramente conquistada”, disse Cardozo. De acordo com ele, se engana quem imagina que Dilma “se curvará” diante do resultado da votação deste domingo. “Ela lutará com todos aqueles que querem a manutenção do estado de direito”, ressaltou o ministro. Segundo o advogado-geral da União, Dilma irá se manifestar nesta segunda-feira (18) sobre a decisão da Câmara. O ministro, no entanto, não informou o horário no qual a presidente fará o pronunciamento.
Vários brumadenses soltaram fogos em comemoração a votação que culminou na admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados. Agora o processo segue para o Senado Federal. Ao todo, foram 367 votos a favor, 137 contra, 07 abstenções e dois faltaram à sessão. O voto que decidiu foi dado mais de nove horas depois de iniciada a sessão deste domingo e cinco horas e meia após o início da votação. Os senadores podem agora manter a decisão dos deputados e instaurar o processo ou arquivar as investigações, sem analisar o mérito das denúncias. Nenhuma manifestação pós ou contra Dilma foi realizada na capital do minério, mas nas redes sociais muitos expressaram o descontentamento com o governo da petista e a satisfação pela aprovação do processo.
Teve início às 14h05 deste domingo (17) a sessão da Câmara dos Deputados que decidirá se o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) segue para o Senado. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começou a sessão explicando como deve funcionar o rito de votação do pedido de afastamento de Dilma, de autoria dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Antes da apreciação, o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para discursar no plenário da Casa. Logo depois, os líderes partidários poderão usar a palavra. O tempo varia de 3 a 10 minutos, de acordo com o tamanho da bancada. Eles também podem fazer uso de mais um minuto para orientação do voto dos deputados da legenda. A votação será por chamada nominal. Cunha começará por deputados da região Norte e alternará entre parlamentares do Norte e do Sul. A chamada, estado por estado, é por ordem alfabética. De acordo com o peemedebista, uma segunda chamada poderá ser feita em caso de deputados ausentes, ao fim da votação pelo estado do parlamentar faltoso. Para o processo ser remetido ao Senado, os defensores do impeachment precisam arregimentar 342 votos, o que representa dois terços dos 513 parlamentares. Caso o número não seja alcançado, o parecer pró-impeachment é arquivado.
O ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, teria informado em depoimento que repassou propinas em forma de doações à campanha do PT. De acordo com a revista Época, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudou a empresa a ganhar um contrato na Venezuela na época em que Hugo Chávez era presidente. Azevedo conta que Lula nunca fez qualquer exigência em troca da ajuda, mas que um ano depois a empreiteira foi procurada pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Vaccari teria exigido o repasse de 1% do valor total do contrato, "referente à parte do Brasil", como se fosse doação eleitoral ao partido. O executivo da Andrade Gutierrez depôs nesta sexta-feira (15) à Justiça Federal no Rio de Janeiro, sobre o chamado “Eletrolão” – esquema investigado após desdobramento da Operação Lava Jato. Segundo a Época, no depoimento, Azevedo contou ainda sobre uma reunião realizada em 2008 com o então presidente do PT, Ricardo Berzoini, Vaccari e Paulo Ferreira. No encontro, realizado em São Paulo, Berzoini teria proposto que a empreiteira pagasse 1% dos valores de todos os projetos que a empresa participasse no futuro, o que passou a ocorrer desde então. O executivo contou que os repasses eram sempre feitos como forma de “doação” partidária, em vários pagamentos, em anos eleitorais ou não.
A crise política no Brasil ganhou destaque na imprensa internacional neste fim de semana, quando os parlamentares discutem e votam pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Periódicos como El País (Espanha), Le Monde (França), Clarín (Argentina), The New York Times (Estados Unidos), La Repubblica e Corriere della Sera (Itália) trazem em suas páginas notícias sobre o destino incerto do país. "Brasil, o destino da presidente por um fio. Hoje o parlamento vota sobre o impeachment. Recessão, corrupção, colapso consenso: Rousseff 'paga' muito mais do que pela acusação sobre o truque no orçamento”, estampa La Repubblica. Já o El País diz que “Brasil vive a catarse coletiva do 'impeachment' a Rousseff. A presidente, reeleita há somente 15 meses, tem muito poucas chances de evitar a destituição”.
No sábado (16), a Mega-Sena sorteou os seis números de seu concurso 1809, no Caminhão da Sorte, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo (SP). Os números sorteados foram: 9 -12 - 23 - 24 - 46 - 54. Ninguém acertou as seis dezenas e o prêmio acumulou para R$ 90 milhões. A quina teve 188 apostas ganhadoras. Cada uma receberá R$ 26.361,78. A quadra teve 13.704 apostas vencedoras. Cada uma receberá R$ 516,63. De acordo com a Época, os sorteios da Mega-Sena são promovidos pela Caixa Econômica Federal duas vezes por semana, às quarta-feiras e aos sábados. A aposta mínima, de seis números, custa R$ 3,50. Quem quiser participar, pode comprar seu bilhete até às 19h do dia do sorteio (no horário de Brasília), em qualquer lotérica do Brasil. Clientes da CAIXA com acesso ao Internet Banking podem fazer suas apostas pelo computador pessoal, tablet ou smartphone. Basta ter conta corrente no banco e ser maior de 18 anos. O serviço fica disponível das 8h às 22h (horário de Brasília), exceto em dia de sorteio (quarta-feira e sábado), quando as apostas se encerram às 19h, retornando às 21h para o concurso seguinte. Para a aposta simples, de apenas seis números, a probabilidade de ganhar é 1 em 50 milhões, mais precisamente de 1 em 50.063.860, de acordo a Caixa. Já para a aposta máxima, de 15 números, com o preço de R$ 17.517,50, a probabilidade de acerto é de 1 em 10 mil.
O advogado Sigmaringa Seixas, principal ouvido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para assuntos jurídicos, sugeriu a Lula o que ele e Dilma devem fazer durante os 180 dias de julgamento do processo de impeachment pelo Senado — isso, é claro, se o processo for aberto hoje pela Câmara. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal o Globo, a proposta é que Lula e Dilma percorram os EUA e Europa em encontros com líderes locais. Ali, denunciariam o “golpe” em curso no Brasil e tentariam mobilizar uma reação internacional contra a saída de Dilma. Lula gostou da ideia.
Após quase 43 horas de debates, os deputados vão votar neste domingo (17) se abrem ou não processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). A sessão será aberta às 14h, e a previsão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é iniciar a votação às 16h. Cada um dos 513 deputados serão chamados ao microfone para proferir seu voto. A previsão é de que cada parlamentar gaste, em média, 30 segundos para votar. A ordem de chamada será por estado, começando pelo Norte. Veja aqui a ordem de votação De acordo com o G1, são necessários no mínimo 342 votos "sim" para que o parecer do relator da comissão especial de impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), seja aprovado. Ele recomenda no documento a continuidade do processo de afastamento da petista. Se aprovado, o processo vai para o Senado, que terá que decidir se acolhe a denúncia e julga a presidente por crime de responsabilidade. Caso não sejam alcançados os 342 votos, o processo é arquivado. Entenda como funciona todo o processo de impeachment. Os debates que antecederam a votação começaram às 8h55 de sexta-feira (15) e seguiram em sessão ininterrupta até as 3h42 deste domingo (17). Foi a sessão mais longa da história da Câmara. Na última etapa de debates, com os discursos individuais dos deputados contra e a favor do impeachment, havia ao todo 249 parlamentares inscritos para falar. Porém, somente 119 discursaram. Ao menos 60 já haviam anunciado que abriam mão do tempo de fala para acelerar o debate e permitir a votação nesta tarde.
Depois de Dilma Rousseff (PT) desistir de discursar em cadeia nacional, o governo divulgou nas redes sociais na noite da última sexta-feira (15) o pronunciamento da presidente contra o impeachment. No vídeo, a petista tacha de “traidores da democracia” os defensores do seu afastamento e diz que a palavra “golpe” ficará “para sempre gravada na testa”. “Podem justificar a si mesmos, mas nunca poderão olhar nos olhos da nação, porque a palavra golpe estará para sempre gravada na testa dos traidores da democracia”. Repetindo terrorismo exercitado na campanha eleitoral, a petista também diz que “golpistas querem revogar direitos e cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida”. Segundo Dilma, seus adversários “ameaçam até a educação pública e querem abrir mão da soberania nacional, mudar o regime de partilha e entregar os recursos do pré-sal às multinacionais”. No vídeo, de cerca de seis minutos, a petista chama o processo de impeachment que será votado no domingo na Câmara de “aventura golpista” e volta a repetir o discurso de que o pedido de afastamento “não tem base legal”. “A denúncia contra mim em análise no Congresso Nacional não passa de uma fraude. A maior fraude jurídica e política da história de nosso país”. Em tom de ameaça, a presidente diz ainda que o impeachment “poderá mergulhar o Brasil em um doloroso processo de instabilidade e insegurança”. As informações são da Veja.
A assessoria do ministro Jaques Wagner (PT), chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff (PT), informou na noite desta sexta-feira que Gilberto Kassab (PSD) entregou mais cedo carta de demissão do cargo de ministro das Cidades. O pedido do ministro para deixar o governo se dá a dois dia da votação do processo de impeachment na Câmara. O anúncio foi feito pela assessoria dois dias após o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), informar que vai orientar a bancada a votar favoravelmente à continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Ministério das Cidades é uma das pastas com maior orçamento do governo e a única que estava sob o comando do PSD. Ao anunciar o posicionamento da bancada da Câmara favorável ao impeachment, o deputado Rogério Rosso afirmou que não seria cobrado de Kassab, que é presidente nacional da sigla, que deixasse o cargo no governo. Conforme informou o colunista Gerson Camarotti na última quarta-feira (13), havia sentimento de contrariedade no Palácio do Planalto com a postura de Kassab. A avaliação de auxiliares mais próximos à presidente é que ele traiu a presidente Dilma Rousseff, diante do posicionamento do partido de apoiar o impeachment. A avaliação do governo é que Kassab fez jogo duplo durante esses últimos meses.
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou na noite da última sexta-feira (15) pedido do senador Telmário Mota (PDT-RR) para suspender o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na madrugada, a Corte já havia negado pedido semelhante da Advocacia Geral da União (AGU), que alegava restrições ao direito de defesa na Câmara. De acordo com o G1, em seu pedido, Mota contestava decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acolheu a denúncia contra Dilma no ano passado. Alegou que ele violou prerrogativas ao aceitar como crime de responsabilidade as chamadas "pedaladas fiscais" de 2015 antes de sua análise pelo Congresso. Fachin negou o pedido sob o entendimento de que só cabe ao Congresso, e não ao Judiciário, avaliar o que configura crime de responsabilidade. “Não cabe a esta Suprema Corte sobrepor o seu juízo sobre a configuração ou não de crime de responsabilidade dos atos de execução orçamentária praticados pela Presidente da República, ao juízo a ser formulado pelo Parlamento”, escreveu o ministro. Para ele, o juízo sobre a configuração do crime de responsabilidade é “prerrogativa exclusiva do Parlamento”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou um vídeo nas redes sociais em que diz que o impeachment é golpe e que, se for aprovado no próximo domingo, agravará a crise. Ele diz que ninguém que não teve a legitimidade do voto conseguirá governar o país e contará com o respeito da população. O vídeo de Lula é uma estratégia casada com a presidente Dilma Rousseff, que nesta sexta-feira à noite fará um pronunciamento à nação em cadeia nacional de rádio e TV. No vídeo, publicado em sua página no Facebook no começo da tarde desta sexta-feira, Lula fez um apelo aos deputados que vão votar o processo. Na gravação, ele ataca o vice-presidente Michel Temer sem citá-lo nominalmente. O petista pediu aos deputados que “pensem com muita serenidade”. Na avaliação do ex-presidente, todas as conquistas da constituição de 1988 e de seu governo estão ameaçadas se o impeachment passar. Ele diz que “juntos” conseguimos vencer a fome, reduzir a desigualdade, superar desafios econômicos, políticos e sociais e derrubar “o muro que dividia o Brasil entre os que tudo podiam e os que sempre ficaram à margem da história”. Lula reconhece que o governo tem “falhas”, mas aponta o caminho da “responsabilidade” e “maturidade” para recuperar a credibilidade internacional do país. O ex-presidente faz um apelo para que “todos confiem” em sua palavra e mantenham a “defesa da democracia”.