O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou um vídeo, por meio da assessoria de imprensa, no qual diz que é “vítima de uma armação” e que não ganhou dinheiro com a carreira política. Esta foi a primeira declaração de Aécio após a divulgação da delação premiada de executivos do Grupo JBS. “Essa armação me tornou, hoje, alvo de acusações e de suspeitas e levou a medidas injustificáveis, como a prisão de meus familiares, que não cometeram nenhum ato ilícito”, afirmou. No vídeo, Aécio justifica parte da delação. “Há cerca de dois meses, eu pedi à minha irmã, Andrea, que procurasse o senhor Joesley e oferecesse a ele a compra de um apartamento onde minha mãe vive há mais de 30 anos, herança de seu ex-marido e que havia sido colocado à venda. Com parte desses recursos eu poderia pagar a minha defesa em inquéritos que, tenho certeza, serão arquivados. E fiz isso porque não tinha dinheiro. Não fiz dinheiro na vida pública”, disse. O tucano também afirmou no vídeo que cometeu três erros. Um deles, segundo Aécio, foi permitir que sua irmã se encontrasse com um “cidadão cujo caráter, agora, todo o Brasil conhece”. Outro erro foi ter dito palavrões em conversas particulares gravadas pelo delator, e o terceiro erro foi ter se deixado “enganar numa trama montada por um criminoso”.
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (23) a Operação Panatenaico, que investiga uma organização criminosa suspeita de desviar até 900 milhões de reais em recursos das obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para a Copa do Mundo de 2014, informou a PF em comunicado. Entre os alvos de operação estão, segundo a PF, agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do governo do Distrito Federal. São alvos de mandados de prisão como parte da operação os ex-governadores do DF Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), que atualmente é assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB). Segundo o Bom Dia Brasil, da TV Globo, os três já foram presos. Orçadas inicialmente em 600 milhões de reais, as obras de reforma no estádio de Brasília para o Mundial custaram 1,575 bilhão de reais, fazendo da arena a mais cara da Copa do Mundo de 2014, de acordo com a PF. Em razão da obra de o Mané Garrincha ter sido realizada sem prévios estudos de viabilidade econômica, a Terracap, companhia estatal do DF com 49% de participação da União, encontra-se em estado de iminente insolvência. O nome da operação diz respeito ao Stadium Panatenaico, “sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos jogos olímpicos”, segundo a Polícia Federal. As informações são da Veja.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, determinou na segunda (22) que o plenário da corte vai julgar o pedido da defesa do presidente Michel Temer apenas depois que a perícia no áudio entregue por Joesley Batista for finalizada. A medida de condicionar o encaminhamento da questão foi um pedido do ministro Edison Fachin, relator da Lava Jato. A Polícia Federal já recebeu os áudios da delação premiada firmada pela JBS para analisar se houve corte ou edição nas gravações, porém disse que não há prazo para conclusão da perícia. Nos áudios, Temer e Josley conversam e o presidente dá aval para comprar o silêncio do deputado cassado, preso, Eduardo Cunha.
A Defensoria Pública de São Paulo acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pedir a liberdade de uma mãe condenada por roubar ovos de Páscoa e um quilo de peito de frango, em 2015. Responsável por três crianças menores de 12 anos, ela vive com o filho mais novo, de 20 dias, em uma cela superlotada da ala materna da Penitenciária Feminina de Pirajuí. A pena determinada, de três anos, dois meses e três dias de regime fechado, supera as sentenças impostas a pelo menos sete condenados na Operação Lava-Jato. A informação sobre o pedido de liberdade foi divulgada pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo. A equipe do jornal Extra teve acesso ao teor da ação no STJ. Na visão da Defensoria, a extensão da pena da cliente é “absurda”, ao se considerar o caráter pouco impactante e lesivo do crime. O comportamento, “embora condenável”, não gerou perturbação social, violência nem dano ao patrimônio do estabelecimento, que logo recuperou as mercadorias furtadas, diz o pedido. “Quando da prolação da sentença, o magistrado de primeiro grau aumentou a pena base sob o 'fundamento' de que a 'culpabilidade é intensa'. Ora, estamos analisando um furto de ovos de páscoa e peito de frango!”, escreveu a defensora na petição.
Um mecânico, que preferiu não se identificar, disse ao G1 que ajudou a carregar uma caixa de papelão sem saber que dentro estava o corpo do menino Antônio Jorge Ferreira da Silva, de 9 anos, morto ao ser enforcado por um lençol. Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança, Geane da Silva de Oliveira, de 27 anos, e o companheiro dela, Renato Carvalho Lima, de 20, foram presos suspeitos do crime, ocorrido em Goiânia. O rapaz, de 19 anos, afirmou que chegava na oficina onde trabalha, localizada no Setor Nunes de Morais, no sábado (20), onde encontrou Renato, cuja mãe morava em um imóvel no segundo andar do estabelecimento. ’Quando cheguei, vi o Renato arrastando uma caixa do depósito. Aí ele pediu ajuda para colocar a caixa nas costas dele. Estava bem pesada, mas não perguntei o que era nem senti cheiro diferente. Ele saiu e não o vi mais. Eu nunca imaginei, disse o mecânico, que foi contratado há cerca de uma semana. Segundo as investigações, o crime foi cometido na noite de sexta-feira (19). Renato, então, esperou amanhecer e depois teria levado o corpo para um matagal perto da oficina. Ao ser preso, segundo a polícia, ele confessou que cometeu o crime a pedido de Geane. A Polícia Civil não informou se a mãe admitiu ou não participação no homicídio.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado novamente pela Operação Lava Jato nesta segunda (22). Atingindo a quarta denúncia na força-tarefa, a atual ação do Ministério Público acusa o petista de corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de Atibaia (SP). De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, outras 12 pessoas foram denunciadas. Entre elas, Emílio e Marcelo Odebrecht; Leo Pinheiro, da OAS; o pecuarista José Carlos Bumlai e Fernando Bittar, proprietário formal do sítio. A denúncia afirma que o ex-presidente se beneficiou de R$ 1,02 milhão em benfeitorias no sítio. O montante teria sido advindo de contratos das empreiteiras na Petrobras e repassado como vantagem ilícita a Lula. A Procuradoria acredita que o sítio pertence a Lula.
O presidente Michel Temer (PMDB) disse que seria “admissão de culpa” renunciar ao mandato. “Se quiserem, me derrubem”, afirmou o pemedebista em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada nesta segunda-feira (22). Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa, Temer enfrenta a maior crise política de seu mandato. Neste fim de semana, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu apresentar pedido de impeachment ao Congresso, onde a oposição já lidera um movimento pela saída do presidente. Além disso, informou o colunista do G1 Gerson Camarotti, os articuladores políticos do governo foram avisados que parte da base aliada quer a renúncia do pemedebista. O inquérito contra Temer tem como base as delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista. Joesley gravou uma conversa com o presidente numa reunião em 7 de março na residência oficia do Palácio do Jaburu. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a conversa indica “anuência” de Temer ao pagamento de propina mensal, por Joesley, para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato. O presidente afirmou que a regra que ele próprio estabeleceu, de afastar ministro que virar réu, não vale para ele. “Não, porque eu sou chefe do Executivo. Os ministros são agentes do Executivo, de modo que a linha de corte que eu estabeleci para os ministros não será a linha de corte para o presidente”.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu na noite do último sábado (20), por 25 votos a 1, aprovar o relatório que recomenda que a entidade ingresse com pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB). O pedido será protocolado nos próximos dias na Câmara dos Deputados. Cada voto representa a OAB de um estado ou do Distrito Federal (DF). O Acre, ausente, não votou. A representação do Amapá foi a única a votar contra o pedido de impeachment. Todas as demais unidades da federação votaram a favor do pedido. De acordo com o G1, o relatório foi elaborado por uma comissão formada por seis conselheiros federais e concluiu que “as condutas do presidente da República, constantes de inquérito do STF, atentam contra o artigo 85 da Constituição e podem dar ensejo para pedido de abertura de processo de impeachment”. Na votação, o Conselho Pleno da OAB decidiu pelo pedido de abertura de processo de impeachment por considerar que o presidente Michel Temer cometeu crime de responsabilidade.
No acordo de delação premiada que fechou com a Operação Lava Jato, o empresário Joesley Batista revela como funcionava o esquema de propinas no Banco Nacional do Desenvolvimento (Bndes) durante os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. Segundo o empresário, o acesso do grupo JBS a aportes bilionários do banco estatal e de fundos de pensão foi comprado à custa de milionárias propinas que tinham Lula e Dilma como destinatários. O dinheiro sujo era pago, segundo o empresário, para garantir que nenhum pleito do grupo fosse atrapalhado por burocratas do governo. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega era o responsável por receber os pleitos e negociar a propina devida em cada operação. Foi por ordem de Mantega que o empresário abriu no exterior duas contas para depositar a propina que, diz ele, era destinada a Lula e Dilma. “Os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef. Esses saldos somavam, em 2014, cerca de 150 milhões de dólares”, afirmou Joesley na delação. As informações são da Veja.
O ex-diretor da JBS Ricardo Saud fez um balanço estarrecedor do alcance da propina paga a políticos de Norte a Sul do país. Nada menos que 1.829 candidatos foram financiados com recursos que atingiram a cifra de quase 600 milhões de reais. Desse montante, no máximo 15 milhões de reais são considerados dinheiro “limpo”. “O resto tudo é propina, tudo tem ato de ofício, tem promessa. Tudo tem alguma coisa”, resumiu Saud, em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). Os quase 2 mil candidatos beneficiados pelos cofres da JBS estão espalhados por 28 partidos. Desses, foram eleitos 16 governadores – sendo quatro do PMDB, quatro do PSDB, três do PT, dois do PSB, um do PP e um do PSD. Com a ajuda do dinheiro fraudulento, também obtiveram sucesso nas urnas 167 deputados federais de 19 legendas e 179 deputados estaduais de 23 estados. Vinte e oito senadores, alguns dos quais disputaram as eleições para governador ou tentavam a recondução no cargo, receberam propina da JBS. Depois de revelar o tamanho do mercado partidário que o frigorífico comprou, Saud disparou um torpedo contra o argumento fartamente usado pelos políticos, que dizem não saber que são financiados com propina. “É muito difícil o cara não estar sabendo que o PT comprou o partido ‘x’ ou deixou de comprar o partido ‘y’; que o Aécio comprou o partido ‘x’ ou deixou de comprar o partido ‘y’. Se ele recebeu esse dinheiro, ele sabe de um jeito ou de outro que foi propina. Essas pessoas sabem disso”, disse o delator. As informações são da Veja.
Uma perícia contratada pelo Jornal Folha de S. Paulo concluiu que a gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer (PMDB)sofreu mais de 50 edições. O laudo foi feito por Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Segundo ele, o áudio divulgado pela Procuradoria-Geral da República tem indícios claros de manipulação, mas “não dá para falar com que propósito”. Afirma ainda que a gravação divulgada tem “vícios, processualmente falando”, o que a invalidaria como prova jurídica. “É como um documento impresso que tem uma rasura ou uma parte adulterada. O conjunto pode até fazer sentido, mas ele facilmente seria rejeitado como prova”, disse Santos. Segundo disse à Folha a Procuradoria, a gravação divulgada é “exatamente a entregue pelo colaborador e sua autenticidade poderá ser verificada no processo”. “Foi feita uma avaliação técnica da gravação que concluiu que o áudio revela uma conversa lógica e coerente”, declarou a Procuradoria na noite de sexta (19). A gravação não passou pela Polícia Federal, que só entrou no caso no dia 10 de abril. O áudio, feito pelo empresário na noite de 7 de março, foi entregue diretamente à PGR e é anterior à fase das ações controladas. (Leia mais).
Micro, pequenos e médios produtores de todo o estado podem ser beneficiados com descontos de 20% a 95% que o Banco do Brasil está oferecendo para a liquidação de saldos devedores de operações de crédito rural. O benefício varia conforme 3 fatores: data de contratação, valor originalmente contratado e região. A Bahia tem o maior número de produtores com possibilidade de ter acesso aos descontos: mais de 61 mil clientes do BB. O valor total contratado no Estado é superior a R$ 693 milhões, cerca de 26% do total nacional. Podem ser contempladas operações adimplentes ou não, contratadas até 31/12/2011, sendo que um mesmo mutuário poderá obter o desconto em mais de um financiamento, obedecido o teto de R$ 200 mil em valores contratados. Segundo a Lei, a concessão do rebate para liquidação dos financiamentos tem vigência até 29/12/2017.
Os estudantes interessados em realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano têm até às 23h59 desta sexta-feira (19) para fazer a inscrição. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o prazo não será prorrogado. O prazo para pagamento da taxa de isenção termina no dia 24 de maio. Para participar do Enem, é preciso acessar o site. (clique aqui). Neste ano, o número de inscritos deve ter uma queda de mais de 20% em relação ao da edição 2016. O motivo principal é o fato de que o exame não poderá mais ser usado para obter o certificado de conclusão do ensino médio. No ano passado, mais de um milhão de jovens e adultos se inscreveram no exame com esse propósito. O governo federal tem uma estimativa de que o número de inscritos no Enem 2017 seja de cerca de 7 milhões. Até às 19h de quarta-feira (17), o sistema registrava 4.856.314 inscrições, segundo balanço parcial.
O presidente Michel Temer (PMDB) acredita que pode sair da crise política instalada nesta semana “mais rápido do que se pensa”. Em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti concedida nesta quinta-feira (18), ele relata que vem recebendo apoio e reforçou que não vai renunciar ao cargo. “Ninguém chega aqui para me pedir renúncia. Pelo contrário, todos estão pedindo para eu resistir. Vou resistir. Se precisar, vou fazer outro pronunciamento amanhã. Vou sair dessa crise mais rápido do que se pensa”, declarou. Temer ainda classificou o episódio como uma “irresponsabilidade”, mencionando a drástica queda registrada na bolsa de valores. O presidente também voltou a defender a tese que não comprou o silêncio de Eduardo Cunha. “O que ele [Joesley] disse e que eu concordei é que ele estava se dando bem com Eduardo Cunha, por isso falei 'mantenha isso'”, alegou. Segundo Temer, os áudios divulgados na tarde desta quinta reforçam o seu argumento. “O que alicerça esse inquérito é que ele [Joesley Batista] teria dito que eu teria concordado com a compra do silêncio, o que não existe”, destacou o presidente ao jornalista Gerson Camarotti.
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou na tarde desta quinta-feira (18), em pronunciamento em Brasília, que não renunciará ao cargo. “Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena”, bradou. Ele também negou que tenha autorizado pagamentos para calar Eduardo Cunha na cadeia. “Não solicitei que isso acontecesse. Em nenhum momento, autorizei que pagasse, a quem quer que se seja, para ficar calado. Não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público e de foro especial. Nunca autorizei que utilizassem o meu nome indevidamente”, disse.
A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quinta-feira (18) um novo mandado de prisão preventiva contra o ex-presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele foi notificado dentro no Complexo Médico-Penal (CMP), na Região Metropolitana de Curitiba, onde cumpre pena por condenação em processo da Operação Lava Jato. De acordo com o G1, o mandado foi expedido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), como parte da Operação Patmos, deflagrada a partir da colaboração premiada dos donos da JBS. Cunha está preso desde outubro de 2016. Em março deste ano ele foi condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão por corrupção. Segundo sentença do juiz Sérgio Moro, Eduardo Cunha recebeu cerca de US$ 1,5 milhão – de propina a partir de um contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin, na África.
O PSDB decidiu nesta a quinta-feira (18) que irá afastar o senador Aécio Neves da presidência do partido, mas aguardará o áudio da gravação do presidente Michel Temer (PMDB) comprando o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) para selar o rompimento com o governo. Os ministros tucanos já estariam de acordo com a decisão. Para o lugar de Aécio, deve assumir o deputado Carlos Sampaio (SP). Ele será indicado pela bancada do partido na Câmara. Sampaio é vice-presidente jurídico do PSDB e promotor de Justiça. As informações são do jornal O Globo.
A irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, foi presa na manhã desta quinta-feira (18) no município de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ela estava em sua casa, que fica em um condomínio fechado. A informação preliminar, quando o mandado de prisão preventiva foi divulgado, era de que ela estava em Londres e que já havia sido acionada a Interpol.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador. O magistrado, no entanto, optou por não decretar monocraticamente o pedido apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano. No despacho, conforme apurou a TV Globo, Fachin decidiu submeter ao plenário do Supremo o pedido de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Endereços ligados ao parlamentar tucano também são alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.
A Polícia Federal cumpriu ordem de prisão, em Brasília, contra o procurador da República Ângelo Goulart Villela. Nesses três anos de Lava-Jato, os procuradores já foram acusados de muita coisa por seus adversários— mas jamais alguém havia botado em dúvida a honestidade de um deles. Com a delação da JBS, isso ficou para trás. Ângelo Goulart Villela foi acusado pelos delatores de ter recebido para repassar informações. Villela, integrante da força-tarefa da Operação Greenfield, está lotado na PGR, o que tornava mais caro seu passe para a organização criminosa. Os delatores mostraram à PGR, por exemplo, documentos sigilosos repassados por Villela. Em conversas com Joesley, Villela que gabava-se de ter pleno acesso às informações da Greenfield e da Lava-Jato, conforme consta dos depoimentos. As investigações mostraram que o procurador foi cooptado por uma figura que transita com desenvoltura entre magistrados da Capital Federal. Trata-se do advogado brasiliense Willer Tomaz. Nesta parte foi o diretor jurídico (e delator) da empresa, Francisco Assis e Silva, quem conduziu as tratativas. As informações são do jornal O Globo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na quarta-feira (17) que registrou o primeiro autoteste para detectar exposição ao vírus da Aids que será vendido em farmácias e drogarias do Brasil. Segundo o órgão, o exame detecta a presença do anticorpo do vírus HIV a partir da coleta de gotas de sangue, e o resultado demora de 15 a 20 minutos para sair. Segundo Marco Colovatti, presidente da Orange Life, fabricante do teste, no momento estão sendo feitas as negociações com as redes de farmácias para distribuir o produto. Ele acredita que estará disponível para o consumidor em cerca de 30 dias. O fabricante não tem como informar o preço final ao consumidor, que depende dos intermediários, mas Colovatti acredita que será ao redor de R$ 50 por unidade. A fábrica da Orange Life, no estado do Rio de Janeiro, tem capacidade para fabricar 100 mil testes por mês. O exame rápido funciona para os dois subtipos do vírus que provocam a Aids e, de acordo com a Anivsa, demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%. No entanto, só pode indicar a presença do HIV após 30 dias da exposição ao vírus. Se o resultado der positivo, recomenda-se confirmá-lo com um teste de laboratório. Em caso de resultado negativo, o teste deve ser repetido após 30 dias e outra vez depois de mais 30 dias até completar 120 dias após a primeira exposição. De acordo com o G1, até o momento, testes de HIV eram feitos somente com intermédio de profissionais de saúde em laboratórios, centros de referência e unidades de testagem móvel. A Anvisa definiu as regras para a venda de testes rápidos de HIV em novembro de 2015.
Dois deputados federais, Alessandro Molon (Rede-RJ) e João Henrique Caldas (PSB-AL), entraram na noite desta quarta-feira com um pedido de impeachment do presidente Michel Temer, após O Globo revelar que o presidente foi filmado dando aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Alguns parlamentares pedem ainda a renúncia do presidente. “O governo Temer acabou. Já estamos com pedido de impeachment preparado. Se ele (Temer) tivesse dignidade para renunciar, renunciaria. Não há condições de fazer eleição indireta. Temer cometeu crime de responsabilidade. E que história é essa que não havia condições de continuar a sessão da Câmara? Que história é essa de encerrar a sessão para calar a oposição? É para proteger Michel Temer? Ele (Maia) estava totalmente alterado”, disse Molon.
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal realizam operação da força-tarefa da Lava Jato desde o início da manhã desta quinta-feira (18), no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos mandados de busca a apreensão nos apartamentos de pelo menos três alvos: o senador Aécio Neves (PSDB); a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha. Na manhã desta quinta-feira, a TV Globo flagrou carros da PF chegando ao Congresso. Informações dão conta de que imóveis de Neves são alvo de busca pela PF no estado de Minas Gerais. De acordo com o G1, os agentes da PF foram para três endereços: em Ipanema, na casa de Aécio; em Copacabana, onde a irmã tem apartamento; e na Tijuca, casa de Altair. Altair já trabalhou no gabinete do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e também no gabinete de outros deputados ligados ao ex-presidente da Câmara. Ele já foi apontado por Fernando Baiano por ser o responsável por transportar propinas para Cunha. A operação teria tido início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo na quarta-feira (17).
O presidente Michel Temer teve uma conversa gravada na qual ele incentiva a realização de pagamentos a Eduardo Cunha para comprar o silêncio do ex-parlamentar. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (17), o diálogo foi gravado pelo dono da JBS. Joesly Batista teria entregado uma mala com R$ 500 mil ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F, holding que controla a JBS. Em uma reunião com Temer, o empresário comentou que estava entregando o montante a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro. O pagamento seria uma forma de mesada na prisão para eles ficarem calados. Ao ouvir a informação, Temer incentivou o pagamento: "Tem que manter isso, viu?". Ainda de acordo com informações do jornal O Globo, Joesley e seu irmão, também dono da JBS, denunciaram o fato em uma delação premiada à Procuradoria-Geral da República. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda precisa homologar o acordo. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. A Polícia Federal teria filmado a entrega do dinheiro a um primo do parlamentar e descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) anexou ao processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser o dono oculto de um apartamento tríplex no Guarujá (SP), outros 72 documentos obtidos pelo órgão que dizem respeito à ação. Dentre esses documentos, ao menos 23 registros de agenda de diretores e presidentes da Petrobras desmentem o que o petista disse em seu depoimento ao juiz Sergio Moro na quarta-feira da semana passada. De acordo com a Veja, na fala a Moro, Lula afirmou que “nos oito anos que eu fiquei na Presidência da República, a gente não tem reunião com a diretoria da Petrobras. Eu em oito anos tive dois momentos”. Os documentos que registram compromissos da estatal apontam que o ex-presidente se reuniu diversas vezes com diretores investigados pela Operação Lava Jato, como Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada e Renato Duque. Apenas Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros executivos da estatal a fechar delação premiada, tem onze agendamentos de conversas com Lula, entre os anos de 2005 e 2009. O ano em que o petista teria se reunido mais vezes com executivos da companhia teria sido 2008, com sete. No processo em que os documentos foram anexados, o ex-presidente é acusado de ter beneficiado a construtora OAS em três contratos da Petrobras e, em troca, ter sido beneficiado com o tríplex no litoral paulista e com os custos de armazenamento de seu acervo presidencial. As negativas em relação às reuniões com diretores da estatal foram dadas no sentido de defender a tese de que ele, enquanto presidente da República, tem pouca relação com o cotidiano administrativo da Petrobras.