A economia brasileira voltou a crescer após oito trimestres seguidos de queda. Nos três primeiros meses de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,0% em relação ao 4º trimestre do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2016, a economia “encolheu” 3,6% – confirmando a pior recessão da história do país. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,595 trilhão. A agropecuária registrou a maior expansão em mais de 20 anos e foi destaque entre os setores calculados pelo IBGE, com salto de 13,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A última vez que o setor teve um crescimento maior foi no 4º trimestre de 1996.
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), esclareceu que o presidente Michel Temer (PMDB) tem o direito de não responder às perguntas da Polícia Federal no inquérito relacionado às delações da JBS. Na mesma decisão, Fachin negou pedido da defesa de Temer para suspender o interrogatório, que não tem data marcada. Fachin autorizou a PF a interrogar o presidente por escrito. Temer passou a ser investigado em um inquérito pelos crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa. De acordo com o G1, as investigações foram autorizadas após as delações de executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato. Os empresários Joesley e Wesley Batista entregaram ao Ministério Público Federal documentos, vídeos, fotos e gravações que atingem, principalmente, Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
Um vídeo que mostra um recém-nascido apoiado dando alguns passos minutos após o parto viralizou nas redes sociais esta semana. As imagens foram registradas no Brasil, mas não há mais detalhes. Apoiado no braço de uma das enfermeiras, ele dá alguns passos - a mulher que o segura ainda comenta que antes da filmagem começar a criança havia andado cerca de um metro. O fato aconteceu quando a menina tomava seu primeiro banho. O curioso vídeo já teve mais de 77 milhões de visualizações, 350 mil reações e milhares de comentários. Apesar de chamar atenção, segundo o pediatra Carlos Eduardo Corrêa, o Cacá, não se trata de um fenômeno estranho. Ele afirmou ao Uol que os bebês nascem com reflexos motores primários que independem da vontade deles. Um desses é a marcha automática, como é conhecida a ação de um bebê de até 3 meses dar alguns passos ao ser apoiado sob braços. Para o especialista, o reflexo pode estar ligado a um exercício motor praticado quando o bebê ainda está no útero. Ele diz que outro reflexo comum é o bebê se arrastar até o peito da mãe quando colocados sobre a barriga da mãe. O comum é que depois de 3 meses os bebês percam esse movimento intuitivo e só vão aprender a andar por volta de um ano.
Com o agravamento da crise política no país, líderes de partidos da base aliada na Câmara dos Deputados começaram a defender uma reforma da Previdência mais “enxuta”. Nas conversas, os parlamentares já discutem aprovar apenas o aumento da idade mínima para a aposentadoria, considerado um dos pilares da proposta. As outras mudanças seriam encaminhadas só a partir de 2019, quando o país terá um novo presidente eleito pelo voto direto. De acordo com a Veja, outra opção cogitada por lideranças no Congresso é uma “minirreforma” da Previdência. Alguns estudos já foram encomendados para verificar a viabilidade de aprovar medidas por outros caminhos que não uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) – que precisaria de 308 votos na Câmara e 49 no Senado. Uma saída seria fazer algumas mudanças por medida provisória (MP) ou projeto de lei, que precisam de menos votos.
O governo concordou com acordo costurado entre líderes na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para votar a reforma trabalhista apenas na próxima terça-feira (06). A expectativa inicial era analisar e votar ainda hoje o texto no colegiado. “Nós vamos cumprir o nosso acordo, vamos encerrar discussão hoje e votar na próxima terça-feira”, afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, a ideia é que o adiamento permita que não aconteça uma “batalha regimental” na apreciação da matéria na comissão. As informações são da Veja.
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta terça-feira (30) que a trajetória de seu governo, segundo ele marcada por reformas e por medidas para tentar recuperar a economia, não será “interrompida” e que chegará ao final de 2018 com a “casa em ordem”. “Hoje, nós estamos no rumo certo. Nós pusemos o país nos trilhos. Quem apanhar a locomotiva em 2018 encontrará os trilhos no seu lugar. Por isso, agora é continuar a travessia. Nós chegaremos ao fim de 2018 com a casa em ordem”, disse. Temer participou da abertura do Brazil Investment Forum, em São Paulo, pela manhã e discursou por 24 minutos na abertura do evento. De acordo com o G1, ele descreveu diversas medidas de seu governo e procurou mostrar otimismo, sem mencionar a crise após a delação premiada dos donos da empresa JBS e da divulgação de áudios entre Temer e o empresário Joesley Batista. “Esta trajetória que traçamos logo no início do nosso governo em diálogo permanente com o Congresso Nacional não será interrompida. Nela nós seguiremos firmes em nome da agenda de reformas que não podemos e não devemos abandonar”, afirmou. O presidente afirmou ainda que não “há plano B”. “Em cada passo, o que nos guiou foi um sentimento de responsabilidade. Responsabilidade fiscal. Se de fato nós queremos um futuro melhor, eu digo sem medo de errar, não há plano B. Afinal, a responsabilidade rende frutos”, disse.
O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) enviou documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rebater recurso apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para reforçar o pedido de prisão do parlamentar tucano. Na peça judicial, Aécio afirmou que a eventual prisão dele seria uma “aberração”. O tucano ressaltou ao STF que a Constituição proíbe que parlamentar seja preso, salvo em flagrante. Ele também ponderou que, na visão dele, não há indícios concretos, mas apenas as palavras de delatores. Aécio enviou contrarrazões ao agravo apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no qual o chefe do Ministério Público pede que a Suprema Corte decrete a prisão do senador do PSDB. Relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin negou o pedido de prisão de Aécio Neves quando expediu os mandados judiciais da Operação Patmos. Entre outras medidas, o magistrado mandou afastar o senador mineiro das atividades parlamentares e prender a jornalista Andrea Neves, irmã e assessora de Aécio. De acordo com o G1, no momento em que Janot solicitou novamente ao Supremo a prisão do parlamentar tucano, Fachin pediu que Aécio se manifestasse. Com isso, Fachin poderá levar o recurso a julgamento no plenário do STF nos próximos dias.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou na segunda-feira (29), em São Paulo, que não cabe ao TSE “resolver crise política” em referência ao julgamento que pode vir a cassar a chapa Dilma-Temer. O caso será retomado no tribunal na próxima terça-feira (6), mas existe a possibilidade de ser interrompido caso algum dos ministros peça vista (mais tempo para analisar o caso). Para Mendes, fazer isso em um julgamento “complexo” é “absolutamente normal”. “Há muita especulação na mídia se haverá pedido de vista. Se houver pedido de vista, é algo absolutamente normal, ninguém fará por combinação com esse ou aquele”, disse ele durante congresso jurídico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). De acordo com o G1, em reação à especulação de que os ministros poderiam pedir vista para dar sobrevida ao presidente Michel Temer, alvo de inquérito no STF e de pedidos de impeachment no Congresso, Mendes disse que a corte eleitoral não é “joguete de ninguém”. “Não cabe ao TSE resolver crise política. O julgamento será jurídico e judicial”, afirmou.
A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (29) que a adolescente de 16 anos confessou ter mandado matar o pai, Elpídio Quirino dos Santos Filho, de 41 anos, conhecido como DJ Quirino. Ela disse em depoimento que pediu para o namorado, de 15 anos, cometer o crime, porque era “agredida, oprimida e ameaçada”. Para que o menor organizasse o homicídio, a garota diz que roubou R$ 5 mil da vítima e deu a ele. Os dois adolescentes foram apreendidos no dia 16 de maio, em Caldas Novas. Eles estavam morando sozinhos em um apartamento. Eles estão em um centro de internação em Goiânia e confessaram o assassinato. O jovem Franklin Vieira, de 25 anos, também foi preso, suspeito de envolvimento no crime. Ele nega. De acordo com o G1, o DJ foi morto a tiros em novembro de 2016, quando chegava de carro na casa da mãe, na Vila Boa Sorte, em Goiânia. Na época, a Polícia Civil informou que ele estava acompanhado da filha, quando foram abordados por um criminoso. A vítima foi atingida por três tiros e morreu no local. A filha escapou ilesa. Segundo a polícia Franklin dirigiu o carro usado no assassinato. Com ele, estava o namorado da adolescente e outro menor, que ainda não foi apreendido. “O casal estava planejando o assassinato há algum tempo, mas adiantou o homicídio porque, naquele dia, a adolescente disse que levou um tapa no rosto do pai quando saia da escola”, disse o delegado Marco Aurélio Euzebio.
O alemão Sebastian Vettel, que havia largado na segunda posição, atrás do companheiro de equipe Kimi Raikkonen, se isolou ainda mais na liderança do mundial de pilotos da Fórmula 1 ao superar o finlandês e vencer o Grande Prêmio de Mônaco com direito a dobradinha da Ferrari neste domingo. Após fazer a pole position no sábado, Raikkonen liderou a corrida até entrar no pit stop e voltar na terceira posição. Vettel aproveitou a chance de assumir a ponta, ampliou a vantagem com bons tempos e, ao parar para colocar pneus supermacios, retornou à frente do finlandês, onde permaneceu até o fim. Atrás dos pilotos da escuderia italiana, completou o pódio o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, que largou em quinto e se manteve entre os três primeiros durante a maior parte da prova em Monte Carlo. De acordo com a Veja, o brasileiro Felipe Massa, da Williams, terminou a sexta corrida da temporada na nona posição, após largar em 14º no grid. Com o resultado, o único representante do país na categoria também ocupa o nono lugar no campeonato, com 20 pontos conquistados.
O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, questionou a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer. Em entrevista publicada nesta segunda-feira (29) no jornal O Estado de S. Paulo, Torquato levanta dúvidas sobre a legalidade da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, como prova para investigar o presidente. “Primeiro, precisa ficar esclarecido se o empresário, quando vai falar com o presidente, se ele já estava comprometido com delação ou não. Se ele foi por conta própria, essa gravação é clandestina e ilegal. Se ele já estava em processo de delação, surge um outro problema constitucional muito sério, já que uma ação controlada contra um presidente da República tem que ter a autorização prévia de um ministro do Supremo Tribunal Federal, e isso não houve, sabidamente não houve. Então, ela é nula também. E mais, há abuso de autoridade, há crime funcional de quem autorizou a gravação”, diz ele. Torquato estava à frente do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União – pasta agora comandada por Osmar Serraglio. Na entrevista, Torquato afirma acreditar que Temer conseguirá terminar seu mandato na Presidência. “Se o Congresso Nacional votar a reforma da Previdência, a reforma trabalhista, e outros projetos da pauta econômica o presidente terá mostrado que não perdeu a sua capacidade de governo parlamentarista, manteve a parceria com o Congresso, uma conhecida marca do seu governo”.
O Senado vai abrir no próximo dia 1º de junho um pregão eletrônico para contratar, pelo período de um ano, uma empresa de serviços de UTI aérea. A empresa contratada deverá transportar, em casos de necessidade, senadores e seus dependentes, ex-senadores e até os cônjuges de ex-senadores. O serviço só será prestado dentro do território nacional. O valor global do edital é de R$ 450 mil, a serem pagos por quilômetro voado. O documento prevê que a empresa disponibilize dois aviões, um modelo Jato, ao custo de R$ 24 por quilômetro voado e outro Turbo Hélice, cujo quilômetro voado custará R$ 21. O edital prevê a contratação de 10 mil quilômetros de cada aeronave. Além disso, a empresa também deverá disponibilizar transporte terrestre, em ambulância de suporte avançado, no trajeto hospital de origem-aeroporto-hospital de destino. Segundo o edital, o contrato de um ano poderá ser prorrogado por até cinco anos, se houver interesse das partes.
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra um homem agredindo a própria mãe, uma idosa de 84 anos, em São Luiz do Maranhão. Roberto Elisio Coutinho, que aparece nas imagens batendo na senhora, foi detido na manhã desta quinta-feira. Nas imagens, ele agride a idosa com tapas e com um objeto não identificado parecido com uma vareta. A delegada titular da Delegacia do Idoso do Maranhão, Igliana de Freitas, informou que o homem, que mora na Rua Santaninha, no Centro de São Luiz, estava se escondendo, após as imagens serem divulgadas na internet. Ela contou ainda que o vídeo foi gravado pela companheira do agressor.
A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos, pediu demissão nesta sexta-feira (26) ao presidente Michel Temer (PMDB). Ela formalizou o pedido em reunião no início da tarde com o presidente, no Palácio do Planalto. Interinamente, responderá pela presidência o diretor Ricardo Ramos. Ela afirmou que a demissão foi motivada por razões pessoais. Segundo informou a GloboNews, Maria Silvia sofria pressão de empresários pela liberação de créditos. Maria Silvia Bastos permaneceu no cargo por pouco mais de um ano. Ela foi anunciada para a presidência do banco pelo Palácio do Planalto em 16 de maio de 2016, na semana seguinte à posse de Temer como presidente em exercício.
Documentos com a inscrição “cx 2” foram apreendidos pela Polícia Federal no apartamento do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Conforme relatório dos investigadores enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), eles encontraram uma série de papéis e objetos “entre eles, “diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição ‘cx 2’”. A operação foi realizada no dia 18 de maio, no apartamento que o parlamentar possui na Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro. De acordo com o jornal O Globo, foram apreendidos também um bloqueador de sinal telefônico, um telefone celular e um pen drive. No gabinete de Aécio no Senado, em Brasília, a polícia encontrou “uma pasta transparente contendo cópias da agenda de 2016 onde verifica-se agendamento com Joesley Batista”. Também foram retiradas do local “folhas impressas contendo planilhas com indicações para cargos federais, com remuneração e direcionamento em qual partido político pertence ou foi indicado”.
Com o avanço da crise política, o presidente Michel Temer pretende estender o máximo possível o julgamento do processo de cassação da chapa na qual ele é vice, com a ex-presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação começa a ser apreciada no próximo dia 6. Segundo informações do jornal O Globo, uma das esperanças seria a separação da chapa e absolvição do peemedebista, mas essa chance pode se dissipar até a data do julgamento. Na contagem do governo, três dos sete ministros já se posicionaram contra Temer – deste modo, para condená-lo, bastaria um dos integrantes da Corte mudar de lado. O plano é adiar o julgamento por meio de questões de ordem, pedidos de discussões preliminares e outros recursos disponíveis aos advogados. No cenário ideal para Temer, algum ministro do TSE pediria vista, o que faz a análise do caso ser interrompida por prazo indefinido. A expectativa do Planalto era de que que o ministro Napoleão Nunes Maia pedisse vista logo no início do julgamento, mas a pressão popular pela queda de Temer já chegou ao tribunal após a divulgação parcial da delação da JBS.
O setor público consolidado registrou um superávit primário de 12,908 bilhões de reais em novembro, o melhor resultado para o mês desde 2015. O dado divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira indica a diferença entre as receitas e as despesas das entidades públicas, sem considerar os juros, e engloba as contas dos governos federal, estaduais e municipais mais as empresas estatais. Em março, o resultado primário havia sido um rombo de 11,047 bilhões de reais, o pior da série histórica. E o resultado de abril de 2016 foi um superávit de 10,181 bilhões de reais. De acordo com o cálculo do BC, o superávit no último mês foi decorrente do resultado positivo no governo federal (11,451 bilhões de reais), nos regionais (867 milhões de reais) e nas estatais (590 milhões de reais). Na última quinta-feira, o Tesouro divulgou um superávit nas contas da administração federal, de 12,570 bilhões de reais. A diferença nos valores acontece em razão das metodologias distintas usadas pelo Tesouro e pelo Banco Central. No ano, o setor público consolidado acumula superávit de 15,105 bilhões de reais, segundo os dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado, essa conta estava em 4,411 bilhões de reais. A meta para o ano é de um déficit de até 143,1 bilhões de reais, sendo que 139 bilhões de reais correspondem ao déficit permitido para o governo federal. As informações são da Veja.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu nesta sexta-feira que a homologação das delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, seja submetida ao plenário. Gilmar ressaltou que a lei determina caber ao juiz a homologação, mas que em caso de tribunais colegiados isso deveria ser submetido aos demais ministros. Eu tenho a impressão de que nós vamos ter que discutir esse tema da homologação. “Eu já tinha discutido com o ministro Teori (Zavascki) no sentido de que essa matéria fosse discutida pela turma. Porque o que a lei diz? Que o juiz é quem homologa, mas o juiz aqui não é o relator. Quando se trata de tribunal, é o próprio órgão. Ele pode até fazer a homologação prévia, mas sujeita a referendo”, disse. De acordo com o jornal O Globo, a delação dos donos da JBS tem provocado polêmicas porque eles conseguiram direito a imunidade e autorização para morar nos Estados Unidos. Houve ainda questionamento sobre o valor da multa aplicada. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já escreveu artigos defendendo o teor do acordo celebrado.
A crise política provocada pela delação premiada dos executivos da JBS deixou em suspenso várias medidas provisórias (MPs) e projetos de lei voltados, principalmente, à arrecadação fiscal e à retomada do crescimento da economia. Na noite da última quarta-feira (24), o governo federal conseguiu aprovar, de uma só vez, seis MPs na Casa. Porém, esse rolo compressor poderá não se repetir no Senado e, se essa avaliação se confirmar, a maior parte dos textos perderá a validade no próximo dia 1º de junho. Por medida de prevenção, o Palácio do Planalto já consultou a área jurídica, que deu aval para que, caso alguma medida caia, possa publicar uma nova MP com o mesmo efeito. A legislação em vigor veda a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido validade. Mas todas as medidas prestes a cair foram publicadas em 2016, na legislatura anterior. De acordo com jornal O Globo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), leu ontem todas as medidas provisórias aprovadas pela Câmara. A articulação, agora, é para votá-las a toque de caixa até a próxima quarta-feira (31).
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nefi Cordeiro, negou liberdade a uma mãe de quatro crianças condenada a três anos, dois meses e três dias por furtar ovos de Páscoa e um quilo de peito de frango. Ela vive com seu bebê recém-nascido na Penitenciária Feminina de Pirajuí, em São Paulo. De acordo com o jornal Extra, a Defensoria Pública havia pedido o habeas corpus com os argumentos de que a sentença era desproporcional à tentativa de furto e de que ela é mãe de quatro crianças, de 13, 10 e 3 anos de idade, além do bebê de 1 mês que está com ela na penitenciária, mas que será separado da mãe ao completar 6 meses. A sentença supera a pena de pelo menos sete condenados na Operação Lava-Jato. Uma desproporção do sistema penal que afeta toda a família. Para a defensora Maíra Coraci Diniz, a extensão da pena da mãe é “absurda” ao se considerar o caráter pouco impactante e lesivo do crime. Diante disso, ela acionou o STJ para pedir a atipicidade material da conduta (anulação por ser crime insignificante), a readequação da pena ou a prisão domiciliar, garantida pela lei às mães responsáveis por filhos menores de 12 anos. Relator da ação, Cordeiro não enxergou “evidente constrangimento ilegal” que justificasse a concessão da liminar de soltura. O habeas corpus, segundo ele, é medida excepcional.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregou na tarde da última quinta-feira (25) à Câmara dos Deputados o pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB). A entidade também pediu que Temer fique inabilitado de exercer cargo público por oito anos. De acordo com o G1, a entidade usa como base a delação premiada de executivos da J&F para argumentar que o presidente cometeu crime de responsabilidade e violou o decoro do cargo de presidente. Com base no que foi informado, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer. O presidente já negou, em notas e pronunciamentos à imprensa, ter cometido irregularidades, diz que não praticou crime e que não atuou para beneficiar a JBS junto ao governo. Além do pedido da Ordem, já há outras 16 solicitações de destituição de Temer protocoladas no Congresso Nacional.
Os principais partidos da base, PSDB, DEM e PPS começaram a discutir uma atuação conjunta nas eleições indiretas para presidente, já consideradas inevitáveis para as cúpulas das três legendas. De acordo com jornal O Globo, os líderes tucanos conseguiram na quarta-feira (24) conter, momentaneamente, o movimento de desembarque de seus deputados da base governista, com o objetivo de aguardar até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue o processo de cassação da chapa presidencial no próximo dia 6 de junho.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a defender a adoção de delações premiadas como “exigência indispensável” no combate às organizações criminosas. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo desta quinta-feira (25), ele sustenta que, de forma pragmática, a colaboração tomou o lugar do “caminho tradicional para aplicação da lei”, considerado por ele “ineficaz e instrumento de impunidade”. Pela natureza da nossa instituição, talhada para a persecução penal, é evidente que, se fosse possível, jamais celebraríamos acordos de colaboração com nenhum criminoso. “No campo da vontade, desejamos o rigor máximo para todos os que transgridem os limites da lei penal, sem concessões”, destaca Janot. O procurador-geral ressalta ter deixado de lado “a utopia, o personalismo e o aplauso fácil” em nome do "senso de responsabilidade para com o país" e decidiu celebrar o acordo com os donos da J&F — colaboração, segundo ele, que mostrou às autoridades a insuficiência de “três anos de trabalho intenso para intimidar um sistema político ultrapassado e rapineiro”.
A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) apresentou na quarta-feira (24) um novo pedido de liminar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular o impeachment que a tirou definitivamente do cargo em agosto de 2016. O processo caiu nas mãos do ministro recém-chegado Alexandre de Moraes, que assumiu os casos do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro deste ano. De acordo com a Veja, Teori já havia indeferido a liminar em outubro do ano passado, dizendo que “não havia risco às instituições republicanas, ao estado democrático de direito ou à ordem constitucional”, uma vez que o então vice-presidente Michel Temer (PMDB) havia ocupado o cargo da titular da chapa. Na ocasião, o ministro ainda escreveu que levaria para o plenário do STF apreciar o mérito do caso. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, citou as denúncias da delação de executivos da JBS que levaram Temer a ser alvo de inquérito no STF por crimes de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa para reforçar o pedido de invalidação do impeachment.
Responsável por dar seguimento aos pedidos de impeachment contra Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta quarta-feira que tenha decidido engavetar as ações que foram apresentadas logo após eclodirem as denúncias contra o peemedebista, que foi gravado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS e delator na Operação Lava Jato, em conversas um tanto controversas. “Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive-thru”, disse. “Não é assim, não é desse jeito. Quanto tempo não se discutiu aqui a crise do governo Dilma? Então, nós temos de ter paciência”, afirmou. Maia nega que tenha decidido não dar prosseguimento a nenhuma ação: “Eu não tomei decisão. E não é uma decisão que se tome da noite para o dia”, continuou. De acordo com a Veja, o deputado decidiu se manifestar após sua declaração na segunda-feira de que não seria “instrumento para a desestabilização do Brasil” ter sido vista como um indicativo de que não daria continuidade aos processos contra Temer. Nos bastidores, porém, ele próprio manifestou a aliados a intenção de não mexer nesse tema agora. Cabe ao presidente da Câmara avaliar a admissibilidade das ações e determinar a instalação de uma comissão especial que julgaria a conduta do presidente da República.