O plenário do Senado aprovou, na noite desta terça-feira 26, o projeto de lei que garante o direito dos usuários de TV por assinatura de cancelar os contratos por telefone ou via internet. Como o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 131/2015 não sofreu alterações, ele segue para sanção presidencial. O texto altera a Lei da Comunicação Audiovisual de Acesso Condicionado. Hoje, essa modalidade de cancelamento está prevista em normas infralegais. Se o projeto for sancionado, esse direito estará assegurado em lei, o que dá maior segurança aos usuários. Segundo dados de dezembro de 2018 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil tinha 17,5 milhões de contratos ativos de TV por assinatura. Resolução da Anatel estabelece que as requisições pela internet e pelo centro de atendimento telefônico, inclusive de cancelamento, devem ser processadas automaticamente e ter efeito após dois dias úteis. O cancelamento imediato por meio de atendimento telefônico também é garantido por decreto que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O ex-jogador de futebol Luís Antônio de Medeiros Senna, de 45 anos, é acusado pela Polícia Civil do Rio de ter assassinado a própria irmã, a designer gráfica Samura Sento Sé Braz, de 34 anos, a facadas, na Ilha do Governador, na Zona Norte, em meio a uma disputa pela herança deixada pela mãe dos dois. Após esfaquear 30 vezes a irmã, Luís Antônio — que teve passagens por equipes pequenas do Rio nos anos 1990 como Bangu e Portuguesa — ainda esquartejou a vítima e tentou esconder o corpo, segundo o relatório da investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) obtido com exclusividade pelo jornal Extra. Luís Antônio teve a prisão temporária decretada pela Plantão Judiciário nesta terça-feira. A delegada Elen Souto, titular da DDPA, pediu a prisão do ex-jogador após descobrir que Luis Antônio fez um empréstimo de R$ 11 mil para fugir do Rio. O acusado, agora, é considerado foragido. De acordo com a investigação, Luís e Samura eram ambos filhos adotivos de Antônia Sento Sé Senna, que morreu em agosto de 2014. De herança, Antônia distribuiu os imóveis que possuía entre os filhos. A casa onde a mulher morava com Luís e Samura, no bairro Jardim Carioca, na Ilha do Governador, deveria ficar, segundo depoimentos de diversos parentes e amigos, para a filha. Luís, entretanto, não se conformava com a divisão dos bens e queria ficar com o imóvel, ainda segundo os depoimentos. De acordo com uma amiga de Samura que foi à delegacia, os irmãos brigavam com frequência e "as brigas se davam por divergência acerca da herança deixada pela genitora de ambos através de um testamento". Ainda segundo o depoimento, "o imóvel em que Samura e Luis residiam foi colocado no nome de Samura, e Luis se recusava a deixar o imóvel alegando que ele tinha direito". Outros depoimentos de parentes da vítima confirmam as brigas dos irmãos pela casa. Samura não foi mais vista desde a noite do último dia 13. O desaparecimento só foi registrado na delegacia uma semana depois por amigos de Samura. Mesmo morando com a irmã, Luis não procurou a polícia para informar sobre o desaparecimento. O cadáver de Samura foi encontrado nos dias 16 e 17 na Praia do Rosa. No primeiro dia, foi achado somente o tronco. No dia seguinte, os membros e a cabeça. Segundo o laudo de necrópsia, Samura foi atingida por 30 facadas.
O governo acompanha atentamente as novas movimentações de caminhoneiros, que ameaçam dar início a uma paralisação. A classe entende que os principais compromissos assumidos pelo governo Michel Temer no ano passado não estão sendo cumpridos. De acordo com a Veja, os monitoramentos são feitos pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que tem por missão se antecipar aos fatos para evitar problemas para o governo. As investigações apontam que teve início uma articulação por meio de mensagens de WhatsApp, que já começam a falar em paralisações para o dia 30 de março. O governo quer evitar, a todo custo, que qualquer tipo de paralisação aconteça. Não quer, nem de longe, imaginar que pode enfrentar o mesmo problema que parou o país no ano passado. Os primeiros dados são de que, neste momento, o movimento não tem a mesma força percebida no ano passado, mas há temor de que os caminhoneiros possam se fortalecer e cheguem ao potencial explosivo da última greve. Dentro do Palácio, o objetivo é ser mais ágil e efetivo e não deixar a situação sair de controle por ficarem titubeando sobre o assunto, como aconteceu com o ex-presidente Michel Temer, em 2018. Na semana passada, Wallace Landim, o Chorão, presidente das associações Abrava e BrasCoop, que representam a classe de caminhoneiros, teve reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Chorão também se encontrou com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e, ontem, se reuniu com o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. Segundo Landim, os ministros disseram que, até a próxima semana, o próprio presidente Jair Bolsonaro deve se manifestar sobre os pedidos dos caminhoneiros.
Com a prisão de Michel Temer no início da tarde desta quinta-feira, 21, o Brasil vive uma situação inédita. Pela primeira vez na história da República, dois ex-presidentes — Temer e Lula — estão presos por crimes comuns. De acordo com a Veja, Temer, que passou a faixa para Jair Bolsonaro no último 1° de janeiro, foi preso preventivamente pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio, por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal no estado. O emedebista foi acusado pelo Ministério Público Federal de ser o “líder de uma organização criminosa” que recebeu 1,8 bilhão de reais em propina envolvendo desvios em obras na usina nuclear de Angra 3. Já Luiz Inácio Lula da Silva, mandatário entre 2003 e 2011, foi preso em 7 de abril do ano passado depois de condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP). Lula tem ainda outra prisão em sua biografia, em 1980, acusado de “incitação à desordem” pelo regime militar quando era sindicalista e liderou greves no ABC paulista. O processo, claramente político, foi depois anulado.
O ex-presidente Michel Temer (MDB), 78 anos, foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21) pela força-tarefa da Lava Jato. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia. De acordo com o G1, os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. Preso, Temer é levado para o Aeroporto de Congonhas, onde vai embarcar em um voo e será levado ao Rio de Janeiro. Desde quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou. Temer foi o 37º presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), e ficou até o final do mandato, encerrado em dezembro do ano passado.
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (20) mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL): Ótimo/bom: 34%; Regular: 34%; Ruim/péssimo: 24%; Não sabe/não respondeu: 8%. A avaliação positiva do presidente caiu 15 pontos percentuais desde a posse. Em fevereiro, segundo a pesquisa, 19% consideravam o governo “ruim/péssimo”; 30%, “regular”; e 39% o avaliavam como “bom/ótimo”. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 16 e 19 de março. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quer diminuir o número de superintendências do Incra. Atualmente são 30 e o governo quer apenas uma por estado. E pretende também demitir 213 ocupantes dos 712 cargos e funções de confiança no Incra. As demissões estão previstas em portaria publicada no Diário Oficial, no final de fevereiro. Das 30 superintendências, três estão no Pará, estado campeão em conflitos agrários. Uma delas está em Marabá, cidade próxima a Eldorado do Carajás, onde ocorreu o massacre de 1996, com a morte de 19 sem-terra. Serão editados uma medida provisória e um decreto com a nova estrutura, já com a redução de 30% dos cargos de confiança. O Incra possui 4,3 mil funcionários.
Cerca de 1,334 milhão de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem ficar sem receber o benefício referente a março. Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), este é número de segurados que não fizeram a chamada prova de vida nos últimos doze meses. O bloqueio está previsto na Medida Provisória 871/2019, que instituiu um novo pente-fino e regras para combater pagamentos indevidos e fraudes. A prova de vida é um procedimento obrigatório desde 2012, mas anteriormente não havia o bloqueio automático para quem deixou de comparecer ao banco no último ano. Antes, as suspensões eram realizadas conforme uma agenda definida com base no número do benefício. Cada banco fazia de uma maneira: haviam instituições que utilizam a data do aniversário do beneficiário, outros utilizam a data de aniversário do benefício, e ainda quem convocasse o beneficiário um mês antes do vencimento da última comprovação de vida realizada. A Febraban esclarece que os beneficiários não precisam ir antes ao banco para fazer a prova de vida. Isso porque quem estiver com o pagamento suspenso pode realizar o desbloqueio no mesmo dia previsto para o depósito do dinheiro na conta. “A liberação é feita na hora, após a realização da prova de vida”, explicou Walter de Faria, diretor adjunto de operações da representante dos bancos. A folha salarial de março começa a ser paga no dia 25 de março para segurados que recebem um salário mínimo (998 reais). O pagamento segue até o dia 5 de abril. A data do depósito na conta do do segurado é feita com base no número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Para fazer a prova de vida, o segurado precisa ter em mãos um documento de identificação. No caso dos bancos que usam a biometria, o documento não é exigido. Se aposentado não puder ir ao banco, ele pode nomear um procurador no INSS que faça a prova de vida para ele, informou a federação. Procurado, o INSS não se posicionou até a publicação desta reportagem.
Os prejuízos à cognição causados pelo excesso de horas em frente a televisão já é conhecido por afetar as crianças. Agora, cientistas descobriram que esse hábito também pode atrapalhar a função cognitiva de indivíduos mais velhos. O estudo, publicado no periódico Scientific Reports, indicou que assistir TV por mais de três horas e meia por dia pode diminuir a capacidade de memória em até 10% em adultos acima dos 50 anos. “Isso não é algo para se preocupar. Mas se você estiver assistindo mais do que isso, vale a pena tentar se engajar em atividades físicas e sociais e coisas que são mentalmente desafiadoras, como palavras cruzadas ou atividades artísticas”, comentou Daisy Fancourt, da University College London, no Reino Unido, ao The New York Times. Além disso, os pesquisadores ainda salientaram que o declínio cognitivo encontrado no estudo não está automaticamente relacionado ao surgimento de demência, portanto, não há motivos para alarme.
O 23° feirão anual da Serasa para renegociação de dívidas atrasadas ou negativadas começa nesta segunda-feira, 18. O evento oferece condições especiais para que o consumidor limpe seu nome, com prazos de pagamentos diferenciados e descontos para a quitação das contas. O processo pode ser realizado online ou presencialmente em 23 cidades. Segundo a Serasa, os descontos podem chegar a 90%. “No evento anterior, tivemos um resultado surpreendente, com mais de 1,5 milhão de acordos realizados”, afirma Lucas Lopes, gerente do Serasa Limpa Nome.
Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.134 da Mega-Sena, realizado na noite deste sábado (16) pela Caixa em Itupeva (SP). Os números sorteados foram: 06 - 21 - 34 - 46 - 54 - 59, e a previsão de prêmio era de R$ 11 milhões. Para o sorteio da próxima quarta-feira (20), a expectativa é de R$ 33 milhões para quem acertar as seis dezenas. A Quina teve 60 ganhadores, com prêmio de R$ 39.699,48 para casa um. Outras 4.157 apostas levaram R$ 818,57 na Quadra.
Um agente de segurança prisional denuncia que recebeu um bilhete com tentativa de suborno por parte de um detento do Presídio Estadual de Anápolis, a 55 km de Goiânia. O autor da carta ofereceu até R$ 100 mil para que o servidor deixasse entrar celulares na cadeia. Na carta, entregue na quarta-feira (13), o preso ainda alega que precisa dos celulares para manter contato com a família. O bilhete possui 15 linhas e foi entregue ao agente Maicol Victor Barbosa durante o banho de sol no pátio do presídio. Ele se surpreendeu com a proposta. “Num primeiro momento foi uma reação de nervoso, eu fiquei realmente nervoso com a situação pelo fato de nunca ter dado brecha para esse cidadão para ele me entregar este bilhete”, afirma o agente ao G1.
O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira 13, em regime de urgência, um projeto de lei que acrescenta à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) uma multa às empresas que não pagarem salários iguais para homens e mulheres que desempenhem a mesma função e a mesma atividade. O projeto vai agora para o plenário da Câmara dos Deputados. O texto prevê que os casos terão de ser apurados em processo judicial e que a funcionária deverá receber uma multa em valor correspondente ao dobro da diferença salarial verificada mês a mês. A punição também vale para discriminação por idade, cor ou situação familiar. Para o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), autor do projeto de lei, a diferença salarial entre homem e mulher fere o princípio da isonomia previsto na Constituição Federal e na legislação vigente. “Contudo, e apesar das inúmeras políticas de igualdade de gênero promovidas pelas mais diversas organizações, sejam públicas ou privadas, ainda se registram casos de discriminação contra a mulher no que se refere a remuneração”, diz o texto de autoria do senador. O senador Paulo Paim (PT-RS), que leu o relatório do plenário do Senado, ressaltou ser uma luta histórica das mulheres brasileiras que não haja diferença por sexo, cor ou hierarquia familiar, mas que elas tenham direito ao mesmo salário por desempenharem as mesmas funções e atividades que os homens.
Dez pessoas morreram após serem baleadas dentro de uma escola em São Paulo na manhã desta quarta-feira (13). Segundo informações da polícia, os disparos foram na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande São Paulo. O ataque aconteceu por volta das 9h, quando acontece o intervalo das aulas. Entre as vítimas estão sete crianças e uma funcionária da instituição. Testemunhas ouviram pelo menos 30 tiros dentro da instituição, segundo a emissora. De acordo com informações da TV Record, dois adolescentes invadiram a escola armados e atiraram contra as crianças. Depois, os dois se mataram. Além de armas, os suspeitos, que usavam o uniforme da escola, também estariam com armas brancas no momento do ataque. Ainda não há informações sobre o que motivou o crime. A polícia encontrou dentro da escola um arco e flecha e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Há ainda uma mala com fios, e o esquadrão antibombas foi chamado. Há uma movimentação intensa na porta da instituição. Seis unidades de resgate do Corpo de Bombeiros, três do Samu, dois de suporte avançado e dois helicópteros Águia (Polícia Militar) estão no local.
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 12, o Projeto de Lei 4742/01, que tipifica o crime de assédio moral no ambiente de trabalho. Agora, o projeto será enviado para análise do Senado. O texto aprovado é uma emenda proposta pela deputada Margarete Coelho (PP-PI). Segundo a emenda, o crime será caracterizado quando alguém “ofender reiteradamente a dignidade de outro, causando-lhe dano ou sofrimento físico ou mental no exercício de emprego, cargo ou função”. De acordo com a Veja, a pena estipulada será de detenção de um a dois anos e multa, aumentada de um terço se a vítima for menor de 18 anos. A causa somente terá início se a vítima representar contra o ofensor. Durante a votação, foi rejeitada emenda da deputada Maria do Rosário (PT-RS) para incluir na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a possibilidade de o trabalhador pedir rescisão trabalhista e indenização se o assédio moral for praticado pelo empregador ou seu preposto.
O servente de pedreiro Alex Lima Soares, de 36 anos, foi condenado nesta terça-feira (12) a 32 anos de prisão por ter torturado e matado a enteada Nicole de Jesus, de 1 ano e sete meses, em Goiânia. Segundo a denúncia, ele espancou a criança com golpes na cabeça e no abdômen, além de arremessá-la sobre a cama. O padrasto confessou ter cometido o crime, que aconteceu em 2016. De acordo com o G1, presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, a sessão ocorreu no Fórum Cível de Goiânia. Alex foi acusado de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de tortura. O Conselho de Sentença entendeu que ele era culpado. “As três situações, a futilidade, a crueldade e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por ser infante, uma criança, foi a razão pela qual chegou o homicídio a 24 anos de prisão”, disse o magistrado.
Dona Ivone Mazzochi Bachi, mãe do técnico da seleção brasileira Tite, morreu neste sábado aos 83 anos de causas naturais. A notícia foi dada minutos antes da partida entre Caxias e Juventude, válida pelo Campeonato Gaúcho. Foi prestada homenagem de um minuto de silêncio no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, cidade onde dona Ivone morava e local onde Tite nasceu e deu os primeiros passos na carreira de jogador e treinador. Conhecida por sua delicadeza e hospitalidade, dona Ivone foi uma das grandes incentivadoras do jovem Adenor Bachi no início de sua trajetória no futebol. Foi dela a iniciativa de manter Tite no time de juniores do Caxias nos tempos de dinheiro curto, fato que foi registrado na biografia do treinador, escrita pela jornalista Camila Mattoso.
Em um procedimento inédito e sigiloso, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), suspendeu um processo em que quatro empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato haviam sido impedidas de firmar contratos com a União. A justificativa é discutir com as empresas algum tipo de cooperação formal, apesar de o órgão nem sequer poder fechar acordos de leniência, espécie de delação premiada feita por pessoas jurídicas. Enquanto isso não ocorre, as empreiteiras Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Techint Engenharia e Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio (Ebec) continuam aptas a participar de licitações com entes públicos. A Queiroz Galvão, inclusive, venceu no fim de fevereiro uma licitação no valor de R$ 430 milhões para um trecho de obras no Metrô de Salvador. Se as sanções estivessem valendo, a empresa poderia ser impedida de assumir o contrato. A punição às empreiteiras foi decidida pelo plenário do TCU em março de 2017. O processo está relacionado a fraudes em licitação na usina nuclear de Angra 3, no Rio. O caso também rendeu sanções na esfera criminal. Ao suspender o processo – e, por consequência, manter a idoneidade das empreiteiras -, Nardes contrariou a posição de auditores do próprio TCU, que se manifestaram em junho do ano passado pela rejeição de recurso e início da punição. Pela sanção aplicada anteriormente pelo tribunal, as empreiteiras deveriam ficar cinco anos impedidas de contratar com a administração pública. Em vez de enviar os recursos para julgamento, Nardes consultou a procuradora-geral do Ministério Público no TCU, Cristina Machado, sobre a possibilidade de empresas cooperarem no processo. A procuradora foi favorável. A proposta foi levada pela Queiroz Galvão e pela Techint para o ministro. Nardes, então, incumbiu Cristina Machado de analisar em que bases esse acordo com as empresas se daria no TCU, além de quais benefícios poderiam ser concedidos. Não há prazo para que a procuradora-geral se manifeste. Nas regras do tribunal de contas, no entanto, não existe a possibilidade deste tipo de cooperação. Pela legislação, apenas a Controladoria-Geral da União (CGU) pode firmar acordos de leniência. O Ministério Público Federal, por sua vez, também negocia colaborações de empresas com aval da Justiça.
Aprovar reformas e dar uma sensação maior de segurança à população poderão fazer o presidente Jair Bolsonaro tentar um segundo mandato, disse o vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista à RedeTV exibida na noite de sexta-feira, 8. O vice destacou, no entanto, que Bolsonaro não pretende concorrer à reeleição neste momento. “Se a gente, nos próximos dois anos, conseguir zerar o déficit fiscal, passar as reformas que forem necessárias, dar uma sensação de segurança maior às pessoas nas ruas, nós teremos cumprido grande parte da nossa tarefa e isso poderá acender no presidente a visão de que, para cumprir o trabalho, ele precisa de outro mandato”, declarou Mourão. Ele afirmou que, se Bolsonaro quiser, ele está disposto a concorrer a um novo mandato como vice na chapa. Após uma semana de polêmicas com o presidente nas redes sociais, o vice tentou afastar o discurso que defende o impeachment de Bolsonaro. “Não quero crer nisso aí, até porque o presidente Bolsonaro jamais fará por merecer sofrer o impeachment”.
O Brasil teve uma ligeira redução no número de mulheres assassinadas em 2018. Mas, ainda assim, os registros de feminicídio cresceram em um ano. É o que mostra um levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. São 4.254 homicídios dolosos de mulheres, uma redução de 6,7% em relação a 2017, quando foram registrados 4.558 assassinatos – a queda é menor, porém, que a registrada se forem contabilizados também os homens. Houve ainda um aumento no número de registros de feminicídio, ou seja, de casos em que mulheres foram mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Foram 1.173 no ano passado, ante 1.047 em 2017. O levantamento, publicado nesta sexta (8), Dia Internacional da Mulher, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Ambientalistas ligados ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) estão em alerta quanto à possibilidade de contaminação do Rio São Francisco pela lama de rejeitos da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), e que se rompeu em 25 de janeiro, deixando, até o momento, 189 mortos. De acordo com o Correio, a barragem da Vale liberou 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no Rio Paraopeba e, segundo a CBHSF, os rejeitos já teriam chegado às proximidades da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, entre as cidades de Curvelo e Pompéu, região central de Minas Gerais. A área do reservatório de Retiro Baixo possui 22,5 quilômetros quadrados, com profundidade máxima de 44 metros e é a última represa antes do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, a qual verte água diretamente para o Rio São Francisco. Gerente da Retiro Baixo Energética, consórcio responsável pela usina, Lana Beatriz Oliveira informou ao CORREIO que não pode afirmar, com certeza, se os rejeitos chegaram. “Tem chovido na região e não podemos afirmar 100% que a lama já chegou, é bem provável, mas só especialistas para confirmarem isso”, disse. A hidrelétrica está situada a, aproximadamente, 300 quilômetros do local onde se deu o rompimento, e até a área de alagamento da represa da Usina Hidrelétrica de Três Marias são mais 100 km. Com capacidade para gerar 82 MW de energia, Retiro Baixo está operando com metade disso, gerando entre 30 e 40 MW. O monitoramento do avanço da pluma de sedimentos no rio Paraopeba é feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), em parceria com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
A Mangueira é a grande campeã do carnaval 2019 do Rio de Janeiro. A Imperatriz Leopoldinense e a Império Serrano foram rebaixadas. Para conquistar o seu 20º título, a Mangueira deu uma aula de história na Sapucaí. Mas foi uma história alternativa, com destaque para heróis da resistência negros e índios em vez dos personagens tradicionais das páginas de livros escolares. O enredo “História pra ninar gente grande” foi assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira e contado em 24 alas e cinco alegorias. Em busca do título, a Mangueira exibiu uma bandeira do Brasil com as cores da escola no final do desfile.
Os gastos com cartões corporativos da Presidência da República nos dois primeiros meses do governo Jair Bolsonaro aumentaram 16% em relação à média dos últimos quatro anos, já considerada a inflação no período. Apesar de ter seu fim defendido durante a transição, a nova gestão não só manteve o uso dos cartões como foi responsável por uma fatura de 1,1 milhão de reais. O cálculo leva em consideração os pagamentos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República – que incluem as despesas relacionadas ao presidente. Os valores foram divulgados apenas na semana passada, com atraso. Mesmo assim, a descrição da maioria dos pagamentos é sigilosa. Nem mesmo a data em que a despesa foi feita é divulgada. O argumento é que informar os gastos do presidente pode colocar em risco a sua segurança. De acordo com a Veja, a extinção dos cartões corporativos foi defendida pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a transição de governo. Na ocasião, o ministro disse que mudanças seriam feitas com “critérios”, baseadas em consultas à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Controladoria-Geral da União (CGU). Os dois órgãos disseram que ainda não foram consultados sobre o tema.
A Mancha Verde é a grande campeã do carnaval 2019 de São Paulo. É o primeiro título da escola. Vai-Vai e Acadêmicos do Tucuruvi foram rebaixadas. A escola levou o troféu com desfile sobre a princesa africana Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, e discutiu escravidão, direitos de negros e mulheres e intolerância religiosa na avenida.
Uma operação da Lei Seca flagrou um motorista com R$ 61 mil escondidos em uma caminhonete e na própria cueca que ele usava, ao ser abordado na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), em Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, a blitz foi feita na noite desse domingo (3) no km 16 da MT-251. De acordo com o G1, a operação prendeu dois motoristas embriagados e apreendeu 21 carros. O motorista dirigia uma Hilux onde foi localizado uma grande quantia em dinheiro. Ele estava com R$ 61 mil em dinheiro, além de um cheque de R$ 31,7 mil. Antônio Edson Leão da Silva Ferreira Bravo, de 48 anos, foi levado à Polícia Civil. Os policiais encontraram o dinheiro embaixo do banco, no porta-luvas, no porta-treco, em meio os bancos do veículo e na cueca do motorista. Ao ser interrogado, Antônio explicou que era fazendeiro e tinha muitos funcionários, mas não soube explicar a origem do dinheiro e foi detido.